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letra de (d)existência - missa dos mortos

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estamos cansados, exaustos
ambos caindo aos pedaços
não vou ficar em seus braços
estou espalhado no pó
raio que rasga as nuvens
lembra as suas palavras
um grande rasgo na alma
rasgou com um único golpe
praças por onde af-guei
matei os seus dissabores
memoriais de sorrisos
somente a raiva em troca
vinho barato e cigarros
vista pra rua e cerrado
só o silêncio te acalma
o pôr do sol me consola

versos a quem dediquei
agora é veneno no sangue
droga que mata e destrói
(droga que mata e destrói)
somos impuros errantes
somos volúveis, eu sei
corte em ti é meu toque
tiro pra mim é tua voz
versos a quem dediquei
agora é veneno no sangue
droga que mata e destrói
(droga que mata e destrói)
somos impuros errantes
somos volúveis, eu sei
corte em ti é meu toque
tiro pra mim é tua voz
ode à sua presença
a canção que já morreu
ode à sua presença
a canção que já morreu

voe pra longe
cruze a ponte
sou um perigo e de você refém
fuja pros montes
deixe o forte
dos meus afetos
me solte de vez
voe pra longe
cruze a ponte
sou um perigo e de você refém
fuja pros montes
deixe o forte
dos meus afetos
me solte de vez

ode à sua presença
a canção que já morreu
ode à sua presença
a canção que já morreu
ode à sua presença
a canção que já morreu
ode à sua presença
a canção que já morreu
a canção que já morreu

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