letra de valsa de antónio dos santos - mesa para cinco
diz-se em barrancos
que antónio dos santos
com quarenta e tantos
nunca soube a que sabe a satisfação
de um dia de verão
julga o sacristão
que é vilão
seu verdadeiro eu
ninguém conheceu
porque a solidão de antónio tem sabor
não é de arraiais
nem de vestes formais
nem de férias estivais
e não vai à bola porque não conduz
e não se seduz
com folhas da cruz ou menus
mas ele também tem fé
no homem que é
e o longe que ele quis
está na raiz
tеm a vida toda a seus pés
porque já lhe sobra sеr quem é
viver médio
sem ter media
curta a rédea
de existir
consta o boato
que o bicho do mato
lá no seu recato
nos prega uma praga e é ele que mica
as curas da botica
e as flores da chica
erradica
mas nunca ninguém viu
as vezes que ele já sorriu
para os gatos que lh’assaltam o quintal
e o diz que disse
diz que é esquisitice
esperar a velhice
e por-se parado a pensar
sem vagar
de prosperar noutro lugar
mas quão bom é planar
ficar sentado a olhar
p’ra as coisas que são
e aquelas que não
tem a vida toda a seus pés
porque já lhe sobra ser quem é
viver médio
sem ter media
curta a rédea
de existir
tem a vida toda a seus pés
porque já lhe sobra ser quem é
viver médio
sem ter média
ou tragédia
ou comédia
o seu tédio
é o remédio
de existir
viver médio
sem ter media
curta a rédea
de existir
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