letra de assinatura - mentenativa
(tchelo)
entre alfa e omega, deparo com apocalipse
escrevo tudo que vejo, abusando de elipse
violência é uma doença sem cura e contagiosa
não existe mais alma pura, nossa fonte é duvidosa
e até a mais cheirosa das flores é venenosa
ele paga e goza, mas não sabe amar
a vida é rancorosa
fazer alguém sofrer poode trazer prazer, mas nunca felicidade
felicidade plena traz prazer, dar e receber
como encontrar sua metade
dificuldade as pessoas tem de sentir
epspontaneidade quase não se vê por aqui
sentimentos forçados, interresses amargos
a falta de um af-go termina em mais um trago
trago esperança, trago poesia
vago pela margem da hipocrisia
nós poderiamos ser muito melh0r-s, muito melh0r-s
mas querer ser o melhor só nos torna piores, almas menores
tanta competição, objetivos pelo caminho
falta de foco e olhar só pra si
mais uma vez tu se encontra sozinho
arte profana, não é só por fama
protagonista da trama, em melanésia chamam meu rap de mana
não é só por grana, lema da independencia de gana
é por marcelo, tatiana, rafael, júlia e mariana
guerra urbana, quantos se foram essa semana?
deus, ó deus, perdoe a espécie desumana
pra se dar bem com a vida, tem que ser amigo da morte
se não viver por algo, você morrerá por nada
precoces despedidas, difícil encontrar o norte
e a saudade é uma sangria desatada
devo ser muito burro de pensar que está tudo errado
se -ssim tá tudo certo pra tanta gente do meu lado
não sei mais do que ninguém, na dúvida encontro a clareza
enquanto muitos se fodem por causa de suas certezas
também viso as de 100 pra ter um bolso raro
ainda salvo alguém que apoia o bolsonaro
se a verdade dói então me chame de sádico
algoz, verdade em mim é algo sistemático
onde seus inst-tos podem te levar?
sua moralidade é maior que sua ganância?
engoli muita coisa, quero vomitar
entre os colapsos da minha ignorância
essa é minha identidade, minha -ssinatura
meus olhos vendo minha alma pela fechadura
meu pensamento -ssistindo minha própria sepultura
o demônio no meu ombro não tem medo de altura
tava doente, estendido ao leito
e quando encontrei a cura, ela disse aceitou
acelerei na curva, ela disse freio
minha roupa mais bonita, ela disse feio
pelotão de frente da montanha russa
não me responsabilizo pela carapuça
a vida me chamou para a roleta russa
mas ela não contava com a minha astúcia
“tudo bem?” tão desinteressado
“tudo bem” tão falso e amargurado
o cinismo do erro atrofia o aprendizado
se achar sempre certo é o princípio de estar errado
nesse desfile, espectador -ssíduo, não nego
na p-ssarela uma guerra de egos
em meio ao caos eu busco meu sossego
vocês me olham, mas não enxergam, multidão de cegos
no cateveiro da minha própria rima
esse é o último ato, fecham-se as cortinas
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