letra de eu vim de longe - mc sid
[verso 1: mc sid]
eu vivi preso a 7 chaves, por 7 correntes
em baixo do paraíso, a 7 andares
me libertei tem 7 dias e agora sobram 7 vidas
pra mandar 7 pecados pelos ares
minha mãe me teve há um pouco mais de 7 meses
e acendeu 7 velas no meu 7º aniversário
rezou pra 7 deuses, 7 vezes, pra não me ver a 7 palmos
por isso eu não cético, ô, caralho
agradeço a deus pela minha liberdade
conquistada, sofrida, merecida e nunca me dada
lutei igual a um condenado
e pra você que atrasou meu lado: muito obrigado por nada
liberdade é uma palavra delicada
pra muitos é almejada, pra poucos é concedida
o trabalho gasta o tempo e a igreja rouba a alma
o estado esconde o dinheiro e o amor te tira a vida
já trombei alma invejada, já salvei alma perdida
minha cara é sofrida mas minha palavra é sagrada
igual comida na quebrada, não se desperdiça nada
sempre se aproveita tudo, na cozinha e na batida
quando eu deito eu tô sem sono, quando acordo o sono sobra
eu canto a desconstrução, me sinto um mestre de obras
de fato, não passamos de marionetes
a pergunta é se você também consegue enxergar as cordas?
a vida não se trata sobre a linha de chegada
se trata do crescimento ao longo da estrada
será que valeu a pena o esforço da tua caminhada
ou tu preferia ter ficado em casa?
no rap quem filosofa é promovido
só faz música envolvente quem se mostra envolvido
cês vivem como se nunca fossem morrer
por isso cês morrem como se nunca houvessem vivido
[verso 2: raillow]
ahn, ahn, ahn, yeah
aí, sid, sp e bsb, yeah, yeah, yeah, yeah
eu vim de longe, desci da nave
pisquei pra ela, vendo miragens
vendei seus olhos, não se preocupe
cê tava certa e era verdade
o mundo prende, cê sabe, e a revolta fica em nós mesmos
fumo um verde velho da vida nos palcos do país inteiro
vendados, vendo todos indo pro desespero
vem tranquila, que hoje o resto vai ser só um detalhe
nevou, ficamos frios com o coração na palma das mãos
visão de tudo, do alto do morro
e falou que sem minha voz o mundo é um barulho
que meus investimentos trariam o mundo pro meu bolso
de um lado e pro outro, ansioso e nervoso
trouxe palavras em uma carta pra explicar pra minha moça
que armas são abaixadas, não se leva nada a força
escalei com a própria forca que mataria no poço
eu vim de longe, desci da nave
pisquei pra ela, vendo miragens
vendei seus olhos, não se preocupe
cê tava certa e era verdade
e eu vim da onde, visão da laje
liguei pra ela, mas era tarde
vendei meus olhos e fui pra luta
cê tava certa, sem liberdade
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