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letra de esmeralda - maze & azar azar

[verso 1: maze]
as suas esmeraldas vertiam lágrimas
a face enrugada contava lástimas
a vida passava as suas faturas
memórias passadas, duras torturas
sair às sete, voltar às sete
pensar: este dia não se repete
como multiplicar quando nada há?
e filhos crescem na rua ao deus dará
o que será, será
o que virá, virá
o sonho aos poucos desvanecerá
a realidade esmaga
ela quase sucumbe
quando a chama apaga, já era brando o lume
ela já nem trabalha para sobreviver
é só viver para trabalhar até morrer
é infinita pescadinha de rabo na boca
a sanidade desvai-se, a mente fica louca

[bridge: maze]
o que será, será
o que virá, virá
o sonho aos poucos desvanecerá

[verso 2: maze]
as suas esmeraldas vertiam lágrimas
memórias pesadas nas suas páginas
um puto a correr por entre os blocos
a derreter produto vindo de marrocos
os mais velhos eram modelos perfeitos
exímios espelhos de vício e defeitos
vastos currículos auto destrutivos
contagiantes, tóxicos, nocivos
uma vida de drama transforma a alma
já nem sequer o amor de mãe o acalma
a selva tem fome
e come o coração
o sentimento some na hibernação
pensa rápido, presa ou predador
a sua auto defesa é provocar a dor
o canto da sereia encanta no ar
em dueto com a sirene que o vem buscar
[bridge: maze]
o que será, será
o que virá, virá
o sonho aos poucos desvanecerá

[outro: maze]
são vidas citadinas
vividas a um ritmo alucinante
onde sobreviver é primordial, preponderante
não há tempo para deixar a magia da vida acontecer
não há espaço para a alegria
ela nem tem tempo para dedicar tempo à cria
é uma vida vivida a correr, até morrer, até morrer
na selva urbana não há tempo a perder
o ritmo é rápido e todos querem vencer
ele vai ter que escolher entre a vida e a morte
não há tempo a perder, é a lei do mais forte
ele vai ter que escolher [sorte?]
não há tempo a perder
até morrer

- maze azar azar

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