letra de fronteira seca - mauro moraes
fronteira seca donde o marco ronda a linha
e égua madrinha ao cruzar bate campana
de masoller a punta upamaroty
se estendem “así” rastros de tropas, sant’ana
fronteira seca donde a vida do chibeiro
abraça a sorte no rumo do contrabando
e algum “cuatrero matrero de policia”
não se anuncia e ao trote largo vai cruzando
nesta fronteira, alma pampa que se adoça
donde retoça na campanha e no “pueblero”
uma cordeona que se “alumbra” num relincho
nestes bochinchos de poncho, adaga e sombreiro
fronteira seca, louca de buena
fronteira seca, flor de campeira
fronteira seca do saludo arrinconado
donde cochila tradição pra um guitarreiro
e o gaiteiro estufa o peito apaysanado
num ” a la pucha” abagualado de faceiro
nesta fronteira dos campos engordando o gado
pelos janeiros com mormaços de verão
donde a saudade no entreveiro do sotaque
encilha um mate e desencilha a solidão!
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