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letra de luanda - matielli drunk

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oxalá que mandou
um grande amor
do fundo do mar
duas ventarolas
sopram sobre o mar
uma era iansã
a outra era iemanjá (2x)

o sol resplandece a pele morena
a mais bela entre as mulheres
rosa de saron, lírios dos vales
nossas trocas de olhares parecem vulgares
não ligo pra lugares
inspira cantares
se paredes fal-ssem
talvez, nem elas acredit-ssem

mão direita em seu seio
esquerda em sua c-xa
temos nossos anseios
temos nosso p-ssado quebrado igual vidro
lábios vermelho, sangue
olhos negros, petróleo
nós juntos somos bang-bang
voz para dois amantes

que se desejam em prazer mútuo
segredos vão pro túmulo
somos alvos do tumulto
somos dois, em contato, somos um ser único
a guerra pelo solo britânico
nosso desejo distante é tântrico
os que interpretam como algo vulgar
nunca tiveram asas pra voar

oxalá que mandou
um grande amor
do fundo do mar
duas ventarolas
sopram sobre o mar
uma era iansã
a outra era iemanjá (2x)

tua instabilidade
combina com minha imprevisibilidade
filha da vaidade
necessita respirar novos ares
forte e voluntária
amorosa e vingativa
extrovertida e sábia
protetora e decidida

e por mais que saiba
ainda sabe pouco da vida
tua razão é o ego menina
então o que te confunde vira decepção
mas ce adora sedução
ama sua liberdade
eu te tenho, coração
teu temperamento é a complexidade

estamos a frente do tempo
o presente deles é o pasado
nosso presente é antiquado
nos protegemos quando o mundo bate pesado
temos uma dívida que nos atordoa
será pago, será pago
dinheiro não resolve nosso caso
o universo ja tem nos castigado

oxalá que mandou
um grande amor
do fundo do mar
duas ventarolas
sopram sobre o mar
uma era iansã
a outra era iemanjá (2x)

- matielli drunk

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