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letra de burn - matielli drunk

borrei sua maquiagem
desfiz teu choro com m-ssagem
pessoas amam as imagens
observo o mar, da margem
hoje tudo é fast food‚ não fruta
hoje tudo é doença‚ não cura
sanidade vive em nuance com loucura
poder faz volume na cintura
lágrimas por perdas e vaidade
odeio humanos‚ amo a humanidade
na terra com tempo de validade
produtos made in china corrompem a verdade
entre basquiat e monet
a diferença entre eu e você
tão mundano lembrar e esquecer
mas só vão lembrar ao precisar de você
o mundo é lixo onde luxo é fútil
tornaram o importante inútil
retiram suas vísceras sem escrúpulos
em um crepúsculo esdrúxulo
dias diferentes moralmente igualitários
nos matando por um salário
caxias pique compton
operários brindam sangue, patrão chandon
teu bordeaux tem gosto de suor
o dia seguinte talvez seja melhor
acordado as 3, em um incômodo
onde insônia cospe pensamentos tipo vômito
vão mirar e te acertar no âmago
pra matarem borboletas no estômago
agir diferente te torna um vândalo
sinto a dor rasgar todo esôf-go

escravos do capitalismo
escravos da religião
baby‚ sinto seu cinismo
pessoas não conhecem o perdão

problemas com a família
consumido por desejos suicidas
pensamentos como súplicas
o karma da figura pública, quero fuga
converso com músicas
energias místicas e a dádiva única
nos -ssociam por apego à ideias sujas
somos papéis am-ssados na lixeira
mentem em missas e cultos
dando voz ao seu demônio oculto
vendo cores entre daltônico
nosso prazer é um explosivo atômico
sem drama, é tudo anatômico
não deram chances‚ virei autônomo
portas fechadas me tornaram bronco
o silêncio faz um eco que causa estrondo

escravos do capitalismo
escravos da religião
baby, sinto seu cinismo
pessoas não conhecem o perdão

- matielli drunk

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