letra de aquela ultraviolência - mateus fazeno rock
aquela noite eu me sentia
num buraco imaginário
criado pela minha cabeça, eu te vi
apocalipisando com força em mim
me olhando no espelho, eu
reconheci aquelas palavras
“eu sou muito loco, eu”
assim você me imitava
então percebi
que havia uma coisa ali
e questionei a amizade
que eu considerava
achava interessante, antes
estar na junk’s house
na cidade, acidado
dopamina já me controlava
medo me consumia
cada molécula afundada no nada
que eu permanecia, ah
a euforia
me alucinando
furacão instantâneo
substanciado
com a premonição da cilada
já estranhando
aquela pessoa estranha
me olhando e dizendo
que gostava do semblante
de medo que eu tinha
e que entendia
consciência alterada
e se satisfazia
explicando o porque
que ela me perseguia
explodiu o pânico
quando a música falou
de morte, eu recordei
coisas que eu fiz
coisas que eu não fiz
traição numa relação
que tinha terminado
os problemas, as pessoas
a quem tinha causado
preconceitos idiotas
que saíram de mim
agora estava adiante
o meu assassinato
e não havia nada, nada
nada que eu pudesse fazer
sair correndo pra bem longe
eu não podia fugir
arquitetar um plano
pra acabar com a vida, ah, ah
bastante eficiente
mas não quis me permitir
daquela noite eu não passava
a euforia
me alucinando
furacão instantâneo
substanciado
com a premonição da cilada
já estranhando
eles me levaram pr’um lugar escuro
estavam todos, se aceavam
executar meu fim
não foi tão ruim
senti prazer no breu
meu mundo ficou mais feliz
por não existir
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