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letra de metadata - maria reis

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é pesado ser um centro vigilante e estabelecer
alarme ao movimento que é suspeito
agacha caí ao chão
a terra vai tremer
contexto é temporário quando passa sem se ver
eu mostrava-me optimista mas previ a tempestade
e estalas o pescoço já merecias proteger
saca carta do baralho e saíu o enforcado

quer-se dar a quem
se dá de volta
põe-se a comprimir a amplitude
custa existir
e dói de tal maneira
ficar a ver navios

mas pensa no futuro c-n-liza esse saber
que detrás duma cortina passa sempre o autocarro
sorrir o tempo inteiro não consigo prometer
mas fazer a coisa certa alivia a ansiedade

tu pensas que és buddha, precisas de ajuda
precisas de ajuda, precisas de ajuda
e sais com outra cara mais bonita sem saber
a idade não limita muito antes p’lo contrário
e vem cantar tão bem
coragem é largar e progredir
andava tão esquecida nunca quis
errar e fazer merda
assumo sou juiz

ser mais vulnerável é incrível isso diz
que abordar a fantasia contrapõe a falsidade
falamos uns dos outros impossível ser feliz
eu tomava comprimidos se achasse que mudasse
passou-me p’la cabeça uma fé e converter
mas entrego-me ao instinto e agarro na guitarra

e vai-se pouco a pouco a vingança a esmorecer
apesar dessa presença continuar um obstáculo
segura no meu quarto formalizo ele vê que
afinal esse romance nem sequer era amizade
tu foste tão básico
tu foste tão básico
tu foste tão básico

construo a auto-estima que contigo eu perdi
sou tão mais do que imaginas
tu não sabes o que perdes
o que perdes
o que perdes

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