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letra de imprevisto - mano rick

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[verso 1]
saí do estúdio às 19, era s-xta feira
fone no ouvido e algumas notas na minha carteira
do laranjal ao centro, nem vou colar na quebrada

to no aquecimento o frevo é o porto mais tarde com a rapa

já faz um tempo que ando meio desconfortável
treta com a nega há quase um mês sem um clima amigável
sei lá, eu vou girar na city que é pra dispersar
sorrir, trombar os guri, notar as guria olhando o malandro de classe

chegando firme com moral no baile
por um momento esqueci as aflições do dia
umas bebidas, no grave do trap
eu gravo o olhar da dama de trança, notei que me reconhece

tô camuflado no escuro de blusa preta e cap
bem mais seguro no rap, com a essência da leste
e na postura da rua na hora certa eu avanço pra ver
nunca se sabe o que a noite pode oferecer

[refrão]
na hora certa sem resenha eu avanço pra ver
nunca se sabe o que a noite pode oferecer
(na hora certa sem resenha eu avanço pra ver)
na hora certa sem resenha eu avanço pra ver
nunca se sabe o que a noite pode oferecer
[verso 2]
algumas horas de curtida, grana gasta em bebida
como se amanhã não fosse fazer falta
é engraçado como se tenta suprir a falta
o fato é que na hora nem se assimila nada

a essa altura a festa já nem tá na alta
um salve no parceiro “qual vai ser? vamos saltar?”
no brilho do kit, naquele pique e o brilho no olhar
no escuro da quadra foi rápido, nem deu pra notar

era uns cinco moleque, eu não sei quantos calibres
não botei fé, bati de frente, segui caminhando
em frações de segundos o arrombado chutava meu mano
confrontei naquela hora vi a cena desabando

tava na mira do cano, sob ameaça
eu já não posso entender, eu só queria fazer um rolê
(…)
nunca se sabe o que a noite pode oferecer

[refrão]
na hora certa sem resenha eu avanço pra ver
(na hora certa sem resenha eu avanço pra ver)
nunca se sabe o que a noite pode oferecer
(na hora certa sem resenha eu avanço pra ver)
na hora certa sem resenha eu avanço pra ver
nunca se sabe o que a noite pode oferecer
[verso 3]
eu também tô a margem
também me encaixo na imagem que a sociedade reforça o estereótipo
veja, eu corro o risco também, de ser confundido
a polícia sempre me para, eu não passo despercebido

eu também vim da quebrada eu entendo todo o dilema
eu também perdi quem amava, senti o drama, do negro sou fruto
veja, meu bom, como se não bastasse o furto que o estado promove
você me deixa a mira de um revólver

a toda essa ira eu também tô sujeito, sofremos
mas por em pauta minha vida por bens, quem te deu o direito?
eu sei que pouco por aqui é direito
mas se pensar direito eu sou igual a ti, não aja desse jeito

somos peça do tabuleiro de interesses
sob domínio daqueles que disputam por poderes
visto isso é difícil que a unidade faça sentido
leve o smartphone, mas por favor não pressione o gatilho

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