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letra de o escafandro e a borboleta - maicon lw

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[letra de “o escafandro e a borboleta” com maicon lw]

[intro]
o escafandro e a borboleta
um livro auto-biografado por jean-dominique bauby, que aos 43 anos teve um derrame
e pode apenas se comunicar piscando o olho
e usou só do piscar dos olhos para escrevê-lo
morreu cedo, dois anos após o ocorrido
mas entre esses 2 anos mostrou
que não precisa falar, andar, nem se mexer para estar vivo
nem se mexer para estar vivo
nem se mexer para estar vivo
nem se mexer para estar vivo

[verso 1]
dê valor a sua vida, agradеça a imaginação
lembre-se, quе pra nada existe um não
tudo existe um sim, a não ser a desistir (brr)
nada vai em vão, quando você insistir
a vida é o agora, deixe nada pra depois
o futuro é agora, não pode existir os dois
trancado em seu quarto, com só suas ideias
e não pode por em prática, por medo que algo impeça
medo do quê? de que não vão achar sua ideia boa?
no mundo existe mais de 7 bilhões de pessoas
agradar a uma pessoa, não vai lhe fazer bem
agradar a massa também, agrade o que convêm
nada te faz melhor, se não te faz melhor
viva pra si, mas não viva só
viva a vida, viva a vida, viva a vida, viva a vida, mas não viva ela sozinha
[interlúdio]
as pessoas, o geral, a maioria, acha que o agrado alheio, é melhor pra sua vida
encontre uma felicidade momentânea
mas nada, que internamente lhe encanta

[verso 2]
do que adianta fazer do que eles gostam
se a orquestra da sua vida, vira um solo
um solo, pra plateia, que lhe assiste
aplaude mas não reflite, o porque ela quis assim
não foi a sua ideia que tornou ela afim
por isso, que ela estava ali
nada é mais voltado, no que eles são
e sim voltado ao fato se eu vou gostar ou não
virou um meio de blindagem da sociedade
e o muro de berlim, apenas cresce entre as classes
olha a palma da sua mão, suas rugas de expressão
olha pra quem tá do lado e veja se não é um irmão
não tenho o mesmo sangue, mas sou a mesma espécie
ideais iguais, seguem as nossas vaidades que crescem
não sou um playboy humanitário, nem um esquerdista revoltado
sou eu, prazer sou lw

[interlúdio]
o meu corpo flutua, que minha mente viaje
terra eu sou tua, de ti eu faço parte
[verso 3]
faço minha parte como um ser humano contundente
com paz, serenidade, minha meta é ser contente
conseguindo ou não, não sei, eu vou tentar
só o que eu quero, é meus sonhos eu consiga realizar
do agora, para o agora, porque agora é o que existe
nada de um futuro ilusório que a mente insiste
em criar, em poder imaginar
nada vai além, do que nós podemos vivenciar

[interlúdio]
o instinto do ser humano, é a força de pensar
mas quando começamos a viver pelo pensamento, aí é o errar
anulamos sentimentos muito mais importantes que o intelecto
e levamos em consideração o ego, o nosso mérito
e o sentimento de irmandade involuntário, não tem sucesso

[verso 4]
pensa, reflita na vida, quanto ‘cê imagina
te leve em outro lugar, numa vida infinita
não é um vídeo-game lá você quem tudo cria
lá você é o rei, é quem as regras dita
vão dizer, que ‘cê só sabe imaginar
mas quando ‘cê imagina, te incentiva na vida criar
realidade, é um poço de imaginação
de vaidade, mentiras e mortos num caixão
‘cê ta pensando? ‘cê ta pensando o que?
o que eu vou dizer, o que eu vou comer
o que eu vou criar, o que eu vou fazer
não sei, eu só quero pensar, eu só quero entender
o que a mente pode, o que ela vai nos trazer
incentivar, a num deus crer?
ou a humanidade incentivar a desfazer
verdade ou mentira, ilusão ou realidade
iludido, ou apóstolo de irmandade?
eu não sei, é o que eu quero descobrir
se é só a minha mente, ou eu posso mudar isso aqui
[interlúdio]
imagine você em um escafandro, em alto mar
olha pra cima, e enxerga uma borboleta na água pousar

[verso 5]
minha vida, meu corpo, foi totalmente imundada
me sinto em um escafandro, não podendo mexer o meu corpo nem nada
eu sinto minha vida, em efeito borboleta invertido
eu podia voar, hoje eu me paraliso
não podendo me mexer, não podendo não falar, só podendo piscar
e piscando, o meu mundo eu vou criar, a sociedade vou mudar
eu sei que posso, com o piscar dos meus olhos
conquistar a bondade, de quem tem ódio
mostrar um mundo, além dos sortidos
mostrar que a vida vai além de algo sólido
que podemos até ter vida, entre os mortos

[saída]
o escafandro e a borboleta, gravidade sem um solo
lw! (aah)

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