letra de insônia - mafia - maestria filosófica da alma
[verso 1: daltro]
e nesse mundo escroto tenho várias noites sem dormir
tentando achar o caminho no qual eu me perdi
às vezes parece que carrego
o peso do mundo nos ombros
me sinto soterrado no meio de vários escombros
esse é o mundo dos tontos onde só esperto se salva
geração de jovens
que acabam vendendo a própria alma
sinto o peso de saber que carrego algum karma
hoje meu travesseiro tem se tornado uma arma
e no meu menor vacilo ela dispara
vozes no meu ouvido me dizem: “se prepara”
e a cada “não” eu tomo me torno mais forte
aprendi que nessa vida é essencial
andar com a fé e não com a sorte
triste ver pessoas preocupadas com o próprio ego
às vezes até eu sou egocêntrico, não nego
mas isso não leva ninguém pra frente
só te torna uma pessoa fria e carente
a madrugada chega e com ela vem o tédio
minha companhia tem sido whisky e remédios
pra ver se alivia um pouco daquelas vozes hostil
hoje a droga que faço uso é rivotril
[verso 2: engelis]
mais uma noite que eu p-sso acordado
o papel que eu -ssinei tem me amedrontado
essa porra tira meu sono
porque de fazer aquilo eu tinha acordado?
minha única salvação é a corda do varal
e eu te pergunto:
como eu tenho aguentado?
e eu te pergunto…
e eu te pergunto…
e eu te pergunto como eu tenho aguentado
mais um ano dessa luta constante
17 anos dessa luta desgastante
que já me fez perder
sono, tempo, minas e manos
julgar de longe é fácil
díficil é p-ssar pelo que nós p-ssamos
quanto mais p-ssa o tempo
mais eu fico atento
mais eu fico esperto
mais ‘cês diz: “tá lento”
o que é dor, ‘cês diz que é talento
‘cês falam muito de tudo, porra
espera um momento
isso num é p-ssatempo
ao contrário do que ‘cê disse
isso não é e nem vai ser meu hobby
eu quero mais e quando eu quero mais
mais ainda eu tento, mais eu insisto
sou, mas não vou morrer pobre
penso, logo escrevo
escrevo, logo existo
existo, logo faço
se eu faço
não desisto
(x2)
[verso 3: caputo]
mais um gole no café e outro trago no oxigênio
levando o fardo de andar sem money
mesmo sendo um gênio
o eu lírico tá dividido
me perguntando se continuo escrevendo ou se eu aperto o gatilho
a vida cobra, me deu o bote
vou usar pra sair desse mar de desgraça em que tô naufragando
tô navegando (pega a visão)
quanto mais o tempo p-ssa sinto que tô me afogando
não sei o que eu faço, sorriso tá esc-sso
no peito de aço só encontro revolta
na babilônia, eu faço a cerimônia:
escrevendo na insônia e demônios em volta
são várias pedras na bota
vou dar a volta por cima
‘cês vão ouvir falar muito de mim, anota!
sigo minha rota, sem destino e nem freio
beijando a insônia, abraçando o devaneio
sem fazer feio
eu tô vendo meus amigos que foram pro crime
negociando com a morte pra continuar vivendo
o que tá acontecendo?
sonhos estão morrendo
e as esperanças de um mundo bom, apodrecendo
e quem diz que sou playboy
quem me dera ter vida boa
pra eu sair da favela
e ir pro alphaville com meus coroa
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