letra de a espiral - madredeus
pois são as águas das fontes
que antam saudades do mar
frescas as núvens nos montes
deixam a calma no ar
aspiro ao silêncio profundo
que vive no ser natural
e sou testemunha de tudo
elevo-me numa espiral
e vou por cima das copas
das árvores que estou a ver
e deixo de contar as horas
de um tempo que deixei de ter
p-sseio nos bosques no outono
há folhas caídas no chão
das árvores desnudas o vento
levou toda a sombra do verão.
respido a brigada do frio,
memórias de um tempo estival
caminho afastando as folhas
cercada das cores outonais
e vou por entre as estações
de novo numa espiral
e deixo de contar as horas,
do tempo nenhum sinal
minutos na vida são horas
os dias são anos também
os anos do mundo são vidas
as vidas, minutos no além.
e vou no fim das estações
de novo numa espiral
e deixou de contar as horas
do tempo, nenhum sinal.
minutos na vida são horas
os dias são anos também
os anos do mundo são vidas
as vidas, minutos no além.
e vou no fim das estações
de novo numa espiral
e deixo de contar as horas
do tempo, nenhum sinal.
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