letra de o primeiro canto - luiz marenco
descampado, sin alambre
várzea, sanga e canhadão
no céu a constelação
da cruz del sur alumbrando
vento gelado arrepiando
pasto e gado cimarrón.
foi a época do couro
carnal, carneadeira e flor
garrão cortado de touro
mão certeira e sangrador
a soga, a pedra, o estouro
e o grito do boleador.
subiu a poeira do tombo
e a poeira do esquecimento
só uma payada, um lamento
prendeu a voz deste estrondo
el cantar siempre es más hondo
si al canto lo carga el tiempo.
se o livro ainda não sabia
que já chegara o gaúcho
o payador, monge e bruxo
teimava que ele existia
dos gritos tirou poesia
do couro tirou seu luxo.
três séculos… quase nada
pras estrelas e os fogões
que escutaram as orações
dessa primeira payada
na pureza desta aguada
bebem todas gerações.
e aqui estou, e este meu canto
na outra ponta da história
tem muito desta memória
e tem de mim outro tanto
da mesma poeira levanto
pra riscar minha trajetória.
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