letra de de vida e caminhos - luiz marenco
onde andaram os cavalos, a n-breza em cada um
jamais esqueci nenhum dos que encilhei vida a fora
enquanto a vida demora, a repensar as estradas
dormem léguas empacadas no silêncio das esporas.
a razão custa entender o que o caminho oferece
e no rigor desvanece consumindo a própria essência
desnado de pó e ausência a alma feito horizonte
e um céu nublado de fronte faz emponchar à consciência.
andar é rumo e distância, solidão, pingos e estradas
com alegrias maneadas entre o nascente e o poente
um tempo incerto na frente, limite de liberdade
pra um dia virar saudade e ganhar nome de ausente.
e se ultrap-ssar querências a extraviar esperanças
deixando rastros, lembranças -ssinalando caminhos
e a magia dos carinhos, doces no amargo da estrada
é a princ-p-l das aguadas pros que andejam sozinhos.
e cada um, a seu modo com seu tempo e seus dias
a embuçalar nostalgias, gasta a vida por ai
esquecendo de sorrir, deixando esperanças boas
se afogarem nas lagoas entre os juncais do existir.
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