letra de sorte / mais do mesmo - lucas felix
[intro]
eu tive sorte (sorte)
eu fui sortudo (sim)
sou um vencedor
eu tive sorte
fui sortudo
sou um vencedor
um vencedor
[verso 1]
ah, quantos manos meus…
ah, quantos manos meus…
ah, quantos manos meus…
não tiveram a mesma chance que eu
não tiveram a mesma chance que eu
não tiveram a mesma chance que eu
não tiveram a mesma mãe que eu
não tiveram a mesma visão que eu
quantos manos meus ficaram pra trás?
quantos manos meus ficaram pra trás?
[verso 2]
respirando o limbo, olhando pro olimpo
como um deus me sinto, só de tá vivo (só de tá vivo)
só de tá vivo (só de tá vivo)
no meio do nada, a casa em chamas
foi lá que aprendi
que nada importava, o fogo não me tocava
eu era um gênio ou era sortudo?
ou era isso tudo? eu era isso tudo querendo o tudo!
eu nunca tive tudo, mas eu sempre tive nada
foi aí que decidi que me dividir
foi o que dizimou meus irmão que ficou pelo dízimo
pergunte ao pastor se ele vai por
mão na cabeça do que virou vapor
vai porra nenhuma! então cá estou
de batalha em batalha, estúdio em estúdio
sem personagem, tudo foi o prelúdio
mergulho nos livro pra compensar a seca na quebra
essa merda corrompe, faz meus manos frios como genebra
enquanto dória celebra de forma cínica
cê lembra que no gueto ninguém é formado em química
mas tem vários alckimista por aí
vários alckimista por aí
[ponte]
reagan foi químico socialista
inventou o crack e repartiu com o gueto
reagan foi químico socialista
inventou o crack e repartiu com o gueto
reagan foi químico socialista
inventou o crack e repartiu com o gueto
reagan foi químico socialista
inventou o crack e repartiu com o gueto
[verso 3]
o destino é sádico, deus é poeta trágico
quantos se foram por ser letárgico
alérgico a protesto
se sentir diferente do resto
avisa essa farda que ela é tão vítima quanto eu no manifesto
é isso que eu detesto
o que que aquela criança preta te fez?
tanto potencial, tanto potencial
podia até ser potencial 3
nossos einsteins e newton e tesla
na tela da porra do datena
ou distante na terra do ouro roubado
p-ssando mais fome que as hienas
enquanto isso aquele branco fala “n-gg-” (n-gg-!)
mas se for pra virar n-gg- aposto que ele até faz figa (faz)
porque ter na pele é um dom, tipo bênção
filhos de osíris, anúbis e rá
beira do nilo ou beira do são francisco
aqui em sampa na seca de meses
eu sinto falta do olhar dos deuses
que guiaram minha infância e adolescência
vale da sombra e da morte eu p-ssei com prudência
como papilon, fugi dos braços de hades
minha mãe que me deu um livro e as cobranças da vida nunca me fizeram um covarde (nunca!)
ei, e eu sou tão preto!
preto até o cutâneo
eu sou tão preto!
nunca tive vergonha, talvez essa tenha sido a força
que me livrou da forca e da faca e da farsa
que afundou uns parça por shame da raça
talvez essa tenha sido a sorte, um espelho sem opinião
me mantive e estive bem longe do steve
que lima meus manos e minas pela melanina
chuva de hemoglobina, ninguém divulga a chacina
esse som é mais do mesmo
mas a vida é mais do mesmo
quantos manos viveram mais do mesmo?
vida inútil a esmo, mais do mesmo
até encontrar a morte, mais do mesmo
é, meu mano, eu tive sorte!
mais do mesmo
eu tive sorte!
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