letra de conforme o tempo - liink
nas noites que me afogo em goles
termino no “mó” pileque
fico pensando em quantas mil vezes
eu deixei de lado os cheques
por um microfone check, e se fosse diferente?
se eu só ouvisse modinha
e não tivesse conheçido o rap
me encontro em notalgias, orgias de pensamento
se entrelaçam em meio a minha mente
tornando minha paz ausente
abre alas pro meu tormento
fumaço um careta ao relento
fazendo de amigo o silêncio e o vento, entendo
sei que tudo aconteçe como tem que acontecer
meus detalhes tão frágeis ditam como eu devo ser
meus olhos bem abertos hoje me permitem ver
que o ciclo da vida não é apenas nascer, viver e morrer
noite após noite eu aprendo
sozinho caminho mais rápido
porém por não muito tempo
meu raciocínio anda lento
então me deixe pensar me dê mais um gole e um trago
já não sei se ruins ou boas notícias trago (aí..)
vivo o hoje como se fosse o último dia
preserve no peito amizades sinceras
que sigam na sintonia, na caverna do dragão onde eu vivo
vestes de lamentação sem sentido
procuro não ter, com o que me arrepender
sei que a vida não dá chance pra segunda chance
final feliz é só nos livros de romance
me confronto todo dia me olhando no espelho
se arrependam do que não fez
e nunca do que tenha feito
a vida ainda não pagou o que me deve
mas dizem que é intortuosa as linhas que deus escreve
fugindo dos fantasmas usando o dom da palavra
sob o efeito dos bengalas essas horas são sagradas
que dá até pra perceber que a música enaltece
a razão do meu viver..
me deixe viver por favor, não sei de onde vim
pra onde vou ainda vou descobrir conforme o tempo passar
me encontro num momento perdido em pensamentos
o meu equilibrio destruído já faz tempo
pedindo para o vento que sopre um pouco mais
lágrimas de lamento na face não me trazem paz, mas..
deixem-nas rolar, as mesmas lágrimas
que o vento seca leva com ela pensamentos errados
para outro lugar, os erros do passado me fazem refletir
as atitudes certas vou focar pra prosseguir
eu posso expandir minha alma, sem precisar
explodir no infinito da solidão
quero atingir meu nirvana
não posso me afogar nesse mar de lamentação
pai, sei que eu errei quebrantei vários corações
hoje eu me sinto uma lebre em meio a cova de leões
peço perdão, espinhos no caminho os meus pés não ferirão
o mundo foca beleza e o senhor meu coração
só tu és o leão da tribo de judá
alucinado estava quando eu abri os olhos
minha mente já não lembrava do tempo que andava sóbrio
e é óbvio que esse mundo não mereçe minha lucidez
sou taxado de vagabundo mas nem ligo pra estupidez
trabalho até os sessenta e cinco se aposentam
por invalidez aos vinte e três eu luto
pra não ser o bola da vez, várias pessoas
que curto viveram seus vinte e seis aos vinte e sete
partiram vitimas da insensatez
eternizaram clássicos que eu considero jurássico
e eu sempre ouço no volume máximo
depois de dropar um ácido eu pedalo até a lua
vou admirando a terra até que ela diminua
viajando na atmosfera ou andando pela rua
enquanto você quer guerra prefiro uma mina nua
me deixe viver por favor, não sei de onde vim
pra onde vou ainda vou descobrir conforme o tempo passar..
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