
letra de feira antiga - léo lago
nessa feira antiga
surgem as barracas
com velha catinga
de m-f- nas placas
a pleno pulmão
berra lá um alguém:
– “hoje promoção!”
– “não tem!” – “tem!” – “não tem!”
produtor de pistas
de prêmios comprados
diz: – “os meus artistas
são pasteurizados
veja como pago
na hora o jabá!
que arte! e feito gago
o rádio a tocar
não tenho vendido
como antes vendia;
a culpa tem sido
da pirataria!
já há cinquenta anos
sigo essa maneira:
mantenho meus planos
presos na coleira
use, então descarte
esses perecíveis:
não existe mais arte
mas bens consumíveis…”
alguém dita lei:
– “eis um novo rei!”
– “não é!” – “é!” – “não sei!”
brada sem igual
uma executiva:
– “a grande arte é qual
linha produtiva
não me importa o novo
mas sim um produto
que eu venda p’ro povo
embrulhado e enxuto.”
uns, ditos artistas
(por troco comprados)
abaixam as cristas
certos? qual, errados!
longe dessa venda
lá para quem pensa
e não importa renda
mas sim a arte densa;
lá, longe de tudo
sem glória, nem fé
com olhar agudo
e sonhando, é
que canto sozinho
aquilo que trago
pelo meu caminho
bem ao léu do lago…
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