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letra de psicose - lau god dog

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[letra de “psicose”]

[intro]
talvez seja uma defesa acreditar no livre-arbítrio, na consciência e na sua capacidade de escolha, mas o homem que se apercebe de que nenhum poder tem sobre os próprios pensamentos torna-se, ele próprio, o seu maior medo

[verso 1]
à minha volta só risos
luzes e manos broados
gins apagaram os cisos
são cruzes nos meus quadrados
kisa é pós outros que aqui
só puffs e lamirés
os tropas são caranguejos
as bocas são chaminés
mas como num lusco fusco
senti um curto circuito
o rum filtrou esse fumo
boy se calhar fumei muito
boy se calhar fumei muito
boy se calhar foi demais
andava a fugir de mim
e é com medo que atrais

[bridge]
e a minha voz não me sai
e ninguém olha pra mim
desesperado e sozinho
sem poder sair daqui
estou condenado ao meu corpo
as minhas mente e visão
não sei se volto a estar lá
não sei se volto a ser são

[refrão]
‘tás maluco e doente
(não, não, não)
preso na tua mente
(não, não, não)
preso na tua mente
(não, não, não)
‘tás maluco e doente
(não, não, não)

‘tás maluco e doente
(não, não, não)
preso na tua mente
(não, não, não)
preso na tua mente
(não, não, não)
‘tás maluco e doente
(não, não, não)

[verso 2]
não há passado ou futuro
há uma bolha presente
e eu vejo tudo lá fora
mas to tão preso cá dentro
o som chega-me abafado
as vozes são tão distantes
mil pensamentos cruzados
mil pensamentos gritantes
o coração bate forte
a minha cara lateja
dissociado do mundo
nada me alegra ou aleija
quero voltar para lá
pra trás da televisão
que se tornaram meus olhos
tal tela de percepção
e eu to a ver de tão perto
como se fosse tão longe
to no pico da loucura
depois de achar que era monge
mil pensamentos seguidos
morro mais tarde ou mais cedo
livrei-me dos medos todos
p’ra me tornar eu o medo
e preso penso
no mundo a que não pertenço
tão longe da multidão
nos bradas a quem dispenso
distante alguma atenção
mas ninguém sabe o que penso
eu sou a minha prisão
só vêem se perco ou venço
só vêem de vingo ou não
envolto d’um esforço intenso
de esconder tudo o que são
todos com capa e com lenço
a tapar o coração
eu vejo, entendo, oiço e penso
mantenho imaginação
e é por isso que preso, tenso
‘tou a perder a noção

[bridge]
e a minha voz não me sai
e ninguém olha pra mim
desesperado e sozinho
sem poder sair daqui
estou condenado ao meu corpo
as minhas mente e visão
não sei se volto a estar lá
não sei se volto a ser são

[refrão]
‘tás maluco e doente
(não, não, não)
preso na tua mente
(não, não, não)
preso na tua mente
(não, não, não)
‘tás maluco e doente
(não, não, não)

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