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letra de fui eu - joncosta

[verso]
mentalidade
mentalidade, não há
diogo com 2 filhas, e sem guita tem de fazer mana
9 da noite em casa, a sua parceira tem de fazer drama
porque ela sempre teve guita
e ‘tá a gritar com ele porque amanhã vai ser o dia
mete as filhas nesse carro, os pais da isa vivem longe
já vai a doer o rabo, eles estão sentados há tanto tempo
ostentação ele nunca quis ver (quis ver)
mas toda aquеla guita de marco e érica semprе quis ter (quis ter)
depois da morte da sua mãe, diogo o perdido
calor pelo olho, o diogo cortou amigos
artigos (artigos)
rompidos (rompidos)
a isa só pedia um terapeuta
à frente da mulher
diogo, ele acendeu a bebida de cristo, ele só bebeu-a
infiel, ele só fodeu a colega do trabalho, também não ganha nada
isa sentiu pelo olfato o odor diferente era chanel, ela não tinha
mas nunca confrontou o amor da vida dela, chorava nua
e chorava sozinha, olhava para a rua, complicava
enquanto ele complicava este casamento, e só gritava com ela
mas a culpa não é dela
agora marco entra na morgue e nada faz sentido, huh
mas quando eles iam pela viagem até casa dos avós
isa pergunta “quando é que falamos sobre nós?”
e diogo encurralado muda a conversa
‘tá com medo de isa saber o seu segredo
então só fala com uma voz, é da traição
não me conheces? achas que eu alguma vez te trairia?
não sou como a maioria, eu dou-te valor
tudo o que tu peças, sabes que eu mataria
tu sabes que eu mataria
isa vira a cabeça, tens a pistola?
[verso 2]
aye, aight, aight
huh, look, look, huh, yeah
pega essa gun, ainda é tinto da noite
relógio dá tick isso é 15, 14
ela vai na kitchen, é 13 no bolso
o marco ele dá drink, isso é 12 no posto
se ela der tiro, ele vê 11 no gosto
com isa apanhada no crime de agosto
com 10 mil na carteira do pai
com tanto mil debaixo da cama do morto
god d-mn isso é crime, são 9
balas no me’mo buraco—
com isa a pensar que não era apanhada no garden
8 balas dentro do saco
foi visionado pela cabeça do diogo
com 7 horas, o brain em gás
entra na mansão, ainda 6 horas
eram 5 horas, estavam no carro
eram 4 horas, estavam no carro
eram 3 horas, falavam de armas
ainda eram 2, era traição
ainda era 1, és um cabrão
diogo, d-mn, nunca foi um patrão
filha da puta, sempre a encher o saco
quero matar o filha da puta do marco
ela também, ela também, god
[verso 3]
“sr. vítor, foi assim que eu fiz”
“essa é minha carta de admissão, assino”
“eu escrevi diogo, assino”
“minha assinatura é cópia da minha momma, não atino”
“eu vou matá-la”
“porque ela foi quem me tirou essa vida”
“‘tou me’mo à frente da nossa casa”
“a puta ‘tá com uma bebida”
“‘tá-se a fazer de vitima agora”
“quando eu puser uma bala na cara dela, vou rir”
“vítor, vou matá-la, matá-la”
“tanta guita, a família dela pensa sempre que é a melhor”
“o homem que sobreviveu a tudo, mas eu nunca fui tudo”
“fui quem pôs 9 balas, ela sorria ao lado”
“arma essa que ‘tava debaixo”
“da cama dele num, num cofre bem fechado”
“leva lá com este cravo”
“a isabel nem sabe que a bela e a rita estão na mala do carro”
“eu vi o demónio à minha frente com o nariz encarnado”
“assinado.”

- joncosta

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