letra de la invernada hornero - joca martins
vem da invernada dos tempos
rasgando olheiras de sol
as patas cortam os ventos
no sangue um velho arrebol
-ssim chegou no rio grande
para o gaúcho saudá-lo
desde então por onde ande
hornero é o rei dos cavalos
imprime à estirpe essa imagem
sua função sem igual
morfologia e coragem
numa fusão ideal
surgem campeões para o freio
em dinastias de irmãos
arunco, n-bre, faceiro
olvido, inteiro e brasão
tantos mais nesse entreveiro
e outros ainda serão
e -ssim la invernada hornero
morreu ficando em seu clã
segue a correr nos potreiros
das gerações do amanhã
deixem que a lua entordilhe
lá nas lonjuras do azul
ficou um pouco do chile
nessas manadas do sul
o pago inteiro padece
faz-se um silêncio de galos
qualquer gaúcho entristece
quando se vai seu cavalo
meu coração bateu asas
pra se esconder na poesia
e um joão barreiro fez casa
numa cocheira vazia
quando um bt se aproxima
com sua marca no couro
eu vejo hornero por cima
da sua prole de ouro!
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