letra de ovelha negra - joão tamura x beiro
[letra de “ovelha negra” ft. xtinto & pedra]
[verso 1: joão tamura]
crime é deixar rasto
harakiri sobre a neve para o contraste
trago o bixho para o combate
se eu não piso o teu concerto é para não manchar o meu cadastro
prego a palavra “nefasto”
tão calvino mais exausto
vinho e rego o chão do palco
mais que preso nesse tártaro
sente o peso deste bárbaro desde sempre cresço mártir
esquece, ordeno: “desce o pano negro”
celebro o teu enterro, vim incеndiar invernos
(vim incendiar efémеros) se eu destapo os teus segredos
tenho ouvidos para pregar os versos sujos deste prédio?
silêncio quando escrevo, tão inverso a quando bebo
quando eu desço que deixe algo mais que belo para o eterno
panegírico ao veneno
sou a noiva, vê o sangue que sobre o branco do gelo rego
desde o tempo da velha sk!llz que os exibo no meu demo
não me vejo no reflexo dos teus grillz, nem o quero
há muito que vem com sede e eu feliz subo o deserto
isso aí não é escrever, são rabiscos num caderno
teus papiros, não os quero, nem ouvi-los ou vê-los perto
quinze crimes à roy keane nesse calcanhar de aquiles
és poeira do universo com que adubo o meu inferno
e essa nume que tu exibes, que eu descasco tipo vhils
[refrão: joão tamura]
ovelha negra:
vim trazer a má notícia a quem não pega na caneta
reza a lenda:
quem se senta nesse trono vai perder sua cabeça
quer a besta:
que essa il-stre realeza se reúna volta à mesa
que seja a presa de quem a terra de alimenta
abro o banquete, despeço-me do planeta
[verso 2: xtinto]
dropo com tanto entusiasmo
que o 21 fica a pensar se é ele de facto (savage)
se ‘tava na think era burro e asno
agora acham genial mesmo que use um pleonasmo
de abuso o clima áspero no beat dá-te tipo gastroenterite
e onde eu gasto o meu guito é assunto de gajos da tua clique
língua vasta e estás tipo finalmente encontraste algum cl-t
eu só subo com a minha team, tu vês billy no clip
pai comuna, sou de esquerda desde puto
acho comum não aturar mais ditaduras neste move
que eles puxam p’a direita tipo veio de cima o trunfo
mas eu levo a tuga às costas tipo o doctor deu-me drunfos
até o dilla volta à terra, diz-me: “xtinto, queres uns loops?”
que eu tenho isto à flor da pele e nem estou a falar de lúpus
patrocino a tua merch: sweats com a tua cara se eu distribuir uns lutos
é tudo azia só por ver os vossos hinos a feder (ugh)
e pelo sucesso alheio, do tipo que estão ouvir os vizinhos a foder
vosso vizir a verter
mais s-m-ntes de ódio
vosso “bizz” é obsoleto, tho
só piso o vosso esqueleto
não tão fats levanto ossos no minuto pós enterro
tipo induzo logo o grego, tirem lá pinta ao rebanho
mas não tentem tosquiar aquela ovelha que vem de negro
[refrão: xtinto]
ovelha negra:
vim trazer a má notícia a quem não pega na caneta
reza a lenda:
quem se senta nesse trono vai perder sua cabeça
quer a besta:
que essa il-stre realeza se reúna volta à mesa
que seja a presa de quem a terra de alimenta
abro o banquete, despeço-me do planeta
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