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letra de prólogo - joão drama

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[verso 1]
aqui de longe eu vejo tudo
falsos amores, reais temores
corpos em brasas
briga entre cores
torpes e pudores
juventude alienada
com falsa percepção
de entendimento
juventude adaptada
meros réus em julgamento
pr-nto pra fazer o que for preciso
pr-nto pra consumo do que for nocivo
pr-nto?
nem sem pr-nto sempre pro que for preciso
monstro
a natureza te faz um lascivo
contos
nem sempre são contos de fadas
nem toda vontade é respeitada
o sorriso demonstra amargura
nascido um trauma de forma forçada
cada corpo, uma mente
o espírito trava
sua vida é uma farsa
teu conceito de bem sucedido não p-ssa
de ilusão e mais nada
aumenta o consumo então, vai…
acende essa merda
perceba, contudo o vão
entre o mal que o cerca

[refrão]
aqui de longe vejo tudo se acabando irmão
almas expostas a mercê de tanta confusão
anjos e demônios vergastam, contrastam
nesta simbologia, devastam…

[verso 2]
corrupção
o princípio de tudo
eis o salvo conduto
do exposto ao oculto
da serpente ao dilúvio
somos todos produtos de um relis descuido
um ruído fecundo
o fiel da balança
não aceita insultos
ma’at te exulto
sem que o ego padeça
a beleza do escuso
meu franco distúrbio
só percebo a frieza por trás do discurso
contrário a confúcio
lembranças de um tempo
de um amor inseguro
desejo mais sujo
na descrença
iminência de um surto profundo
eis um ébrio tão lúcido (eis um ébrio)
aparando as arestas
nem sempre o diabo que testa
nem sempre a verdade que resta
vai ser o motivo do fim das moléstias
então saiba interpretar
merda
eu não sei lidar com essa merda
sensação do meu corpo em queda
7º círculo
virgílio me salve
divina comédia…

[refrão]
aqui de longe vejo tudo se acabando irmão
almas expostas a mercê de tanta confusão
anjos e demônios vergastam, contrastam
nesta simbologia, devastam…

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