letra de poemarma - joana alegre
que o poema tenha rodas, motores, alavancas
que seja máquina, espectáculo, cinema
que diga à estátua “sai do caminho que atravancas”
que seja um autocarro em forma de poema
que o poema cante no cimo das chaminés
que se levante e faça o pino em cada praça
que diga quem eu sou e quem tu és
que não seja só mais um que passa
que o poema se meta nos anúncios das cidades
que seja seta, sinalização, radar
que o poema cante em todas as idades
no presente e no futuro, o verbo amar
que o poema seja microfone e fale
uma noite destas de repente às três e tal
p’ra que a lua estoire e o sono estale
e a gente acorde finalmente em portugal
em portugal
em portugal
que o poema seja encontro onde era despedida
que participe, comunique e destrua
para sempre a distância entre a arte e a vida
que salte do papel para a página da rua
que o poema vista de domingo cada dia
e atire foguetes p’ra dentro do quotidiano
e vista a prosa de poesia
ao menos uma vez em cada ano
que o poema seja microfone e fale
uma noite destas de repente às três e tal
p’ra que a lua estoire e o sono estale
e a gente acorde finalmente em portugal
em portugal
em portugal
que o poema diga o que é preciso
que chegue disfarçado ao pé de ti
e aponte a terra que tu pisas e eu piso
e que o poema diga “o longe é aqui”
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