letra de alquimistas - issoqueésomderap
[intro: kayuá]
yeah, issoqueésomderap nego
guiu, black, gigante da norte
[verso 1: guiu]
rimando com um terço do meu ódio
na meta de lutar pra nós ‘tá vivo
pois aqui é aquilo: se é pretin’, é velório
e o estado é simplório
forja a arma na mão do menino
depois larga tiro, ó que contraditório
então não vem contar historia
meus mitos são as mulher’ lá da rua que criou os filho’ sem ter o pai por perto
pergunta quem é celena no perpétuo
e vê lá se os filho’ deu certo
fechou o tempo, é um temporal de papo reto
nada passa batido
racista é bom na sola
nas ruas quem não vacila
ganha ponto no cartola
no plantão quem não cochila
ganha tempo e vida nova
tinha só o livro na mochila
a arma que o estado não gosta, é
deus
usam do teu nome pra comprar mais joias
e se teu filho desce preto uns virava as costas
acenderiam as tochas e saudariam hitler
grande parte seria os ricos ou alguém quer dobrar as aposta? é
[refrão: guiu & kayuá]
dente de racista é igual os menor’ do meu morro
luto pra tirar todos da boca
‘cês são alquimistas sumiu com os menor do morro (aham)
me querem numa esquina dando toca
dente de racista é igual os menor do meu morro
luto pra tirar todos da boca
‘cês são alquimistas sumiu com os menor do morro
me querem numa esquina dando toca
[verso 2: kayuá]
lembro dias que pro estômago faltou forro
aluguel atrasado e a comida era pouca
assim seja, de joelhos a mãe pedia socorro
doação da igreja, cesta básica e roupa
relato de um favelado
pela cor, currículo descartado
no brasil racismo é velado
taxado no julgamento social
se vai mais um na mão de um policial
só é comum, isso não é normal
cansado de vitimismo, rotula
qual a cor dos que mais morre, calcula
nego
vive a agonia da geladeira vazia
graças ao senhor
hoje é só melhoria
acima da média
o estado de guerra pela vida que almeja
na peleja nada veio de bandeja
ah, comédia
serra o punho e ferra outro preto por inveja
[verso 3: black]
ah, o crime te chama rapaz
não se entregue de vez, negue de vez
seja esperto igual meu pai
que faz questão de ‘tá perto
da coisa mais inteligente que na vida ele fez
esses dia ‘tava eu e meu faixa subindo o morro
cantando racionais, vida loka
de repente mais um enquadro, rotina
eu tendo que provar que a grana que eu tenho no bolso
não foi vendendo droga ou roubando essas patricinha
pratutututu
quando nos matam na estatística entramos como mais um ou menos um?
tá na chuva é pra se molhar, pensa
já que pra nós um guarda-chuva é sinônimo de “alguns tiros de advertência”
“estudar é pra ‘loka”, não liga pro que eles fala’
favelados e pretos estudando seus direitos, sua história é a melhor forma
pois enquanto não soubermos nosso valor
nos contentaremos com qualquer migalha
[refrão: guiu]
dente de racista é igual os menor’ do meu morro
luto pra tirar todos da boca
‘cês são alquimistas sumiu com os menor do morro
me querem numa esquina dando toca
dente de racista é igual os menor do meu morro
luto pra tirar todos da boca
‘cês são alquimistas sumiu com os menor do morro
me querem numa esquina dando toca
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