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letra de respeitável público - in'rua

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[verso 1: lucas boss]
respeitável público, como é que é?
querem pagar de louco e pagar os louco ninguém quer, né?
na conduta não; fé, vem pra luta e vão
vivi sombra pra ver que eu vim para além dessa labuta em vão, ó
cê para, enfraquece; eu tô pra ver se não disperse
rasteira em quem cospe asneira e banca discurso de quem nem conhece, ó
iluminar futuro né furo pra reportagem
nem precisa ser gênio pra ver que nóis num é só embalagem
é o barreiro, sem eira nem beira
beira só se for de respeitar, cada qual em seu lugar
vida próspera que o negativo não aflora
o problema é que nem todo mundo tem peito pra se olhar de fora
e aí fode, fede lorota quando esses otário arrota
se perde a rota, e a audição que forma um poliglota
bh é o leão que rugiu pra cena
pra apagar de vez o sorriso dessas hiena
propaga

[verso 2: érick sales]
e quanto será a campimetria da cidade, hein, pipoca?
mg tá pra estacar a escala dos motherf-cka
in’rua agora tem um codinome
louva pro resto do brasa
que o diferente do resto é nome
e dessas treta tenho muito pra falar
e aí, cê dormiu bem? te faz bem me ignorar
se o vento que eu sinto me diz que tô vivo
e com conspirações que arrepia até o pior livro
barreira é sangue até a última gota de letra
tenta ouvir o espírito que liberta canetas
porão zo, produção de tarja preta
e não é pra acalmar, é pra trazer de volta a revolta pra cena
rebobinar e voltar pra raiz
antes que esses bombinha deixe minha gente feliz
extremo oeste expande a visão
minha quebrada cobra quem adultera informação

[verso 3: djonga]
parei de roubar carteira, eu tô roubando a brisa
rap tá pegando fogo e eu que fui a brasa
bem que papai falava: “à cobra não dê asa”
e hoje queimamos burgueses porque ele ensinou:
“não traz desaforo pra casa”
o boy com o quadrado na mente
eu com a quadrada na cintura
eles pilotam os carros que querem
nós sempre na parte de trás da viatura
outro dia me perguntaram: “por que?”
por que eu ando com tanto dinheiro
porque eu tenho!
bandidos de internet não temo
a intenção deles é ser terremoto, e não tremo
a bunda dela te bota na vida errada
ou é só a vontade de botar na bunda dela?
e quando ela disser pra você sair dessa
você vai querer atirar na cara dela
mas, na hora da fuga
você vai querer se esconder na casa dela
depois, envergonhado (é, papai, que vergonha)
você vai querer esconder sua cara dela
você não tem remorso, mas o filho que vocês têm
é a cara dela
ela trancada, cuidando de tudo
você na rua, adestrando as cadela
eu tô meio john travolta, num entendendo nada
nêgo acha que troca de tiro é paintball
eles não têm talento pra isso
nunca deveriam ter largado o futebol
quando eu sumo, eu volto, igual gabriel jesus
a torcida observa e fala: “só por deus”
semana p-ssada, eminem me pediu um feat
calma, rapaz, feat é só com os meus

[verso 4: sic]
é que a ginga das mandinga que vinga o suíngue não faz
estilingo os tiriça que brinca
então viva as suas rima, não faça
onde essas vida nefasta
que é o mal que me engana com a grana em falta na pasta
eu vejo da farsa que invade minha cama
tá feio e desastroso, então fiz gol pros motherf-cka
brincadeira, aplaudo o bozo, que incendeia o ringling prata
sou doce igual funério: foda-se!
não é ser mais que tcheca
porque hoje essa new era veste mais que versa
dos beat mais caro do jogo
pro jogo dos h-t mais raso
botaram o sic no card, esopo foi desmascarado
com rap chato, verso fraco, não fode!
cês querem prata na capa da forbes
mas tapa nas costas não é xarope
keep talkin’, pode vir, stalk ou whatch
hoje o the walking dreadlocks se torna um boombap forte
com o que vivi pelo caminho, vi que é mais que um hobby
invisto tudo nas linha, e o lucro ainda vai pro pai de um boy
queimei meu estopim pra combater sua laia
incendiei dentro de mim um morteiro da al qaeda
é que pra ser igual eu não vim
meu terreiro é minha fala
barreira é o berço, é o brooklyn
fica cabreiro ou saia

[refrão: djonga]
faço o nome do pai
proteção ilumina minha caminhada
e dá dispô pros meus irmão
faço o nome do pai
ó, prestenção
in’rua num é brincadeira
imagina comigo, irmão
faço o nome do pai
proteção ilumina minha caminhada
e dá dispô pros meus irmão
faço o nome do pai
ó, prestenção
djonga num é brincadeira
imagina com o in’rua, irmão

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