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letra de paixão de otelo - ingles

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[verso 1]
trafegando a dois mil pés, mentalizo como é a vida
pensando além daqui, vi que tudo é tipo um artigo
ponta da caneta um giro, café enquanto respiro
lembra da mãe, a fé sangria e a paz vem de sigilo
sorriso nisso me espiro, na incerteza do resto que piro
já amei alguém, ainda amo alguém, a morte em pleno exilio
travei com a ponte sem corrimão, a corrida meu único abrigo
rebobine a fita, olhe no espelho, e pergunte ao teu inimigo
o que cê faz?
transtorno em pausa sem a paz que traz
onde cê vai?
quando o amor te trai, quando o corpo almeja
e cê perde a paz, pra onde cê cai?
o resto é lembrete de vida bela
então segue a fera ou cê ama ela?
você não esperava que o certo mentisse
e o pesadelo e a lembrança dela
a fúria te trava, é o mar do breu
aniquilado ao que corrompeu
correr pra onde o espelho é meu
e nem tudo foi deus que deu
todo começo tem fim, mas não tão breve -ssim
se conta, desconta em mim
(ah) morrerei num problema sem fim
pela sua matéria matei minha alma, pra fortalecer nova áurea
na face que clama, dizia que ama, acreditei na chama
hoje, “águas p-ssadas.”
trilha sonora explora essas horas, na mente só sobra esporo
porra também que traz lagrima, resume o amor em aborto
muito antiético, etnias, s-xo sem amor e causa
o pior da vida, é relembra que a sina
é uma frustração e o nosso colchão
é só rancor e raiva
o que pesa lesa, nem o tempo espera
seis manhã, quero que o mundo caia
de tudo que fiz, de tudo que dei
do que almejei, capotei sem asa
em mil decibéis, o destino talha
o roteiro sombrio de um cineasta
o amor que cria e sem ele acaba
a vida que sonhei, quando te beijei pela primeira vez
e eu que achei que meu carinho era o que bastava
de você nunca esperava
mil vezes palavra
desculpa, na eternidade se rasga

[interlúdio]
criando teorias grotescas de como a vida seria melhor
se a liberdade fosse as avessas
sem direita e esquerda, homem ou mulher, certo ou errado
veja como queira
a maldade é karma, aonde o corpo alcança
uma alma desconecta sem prumo
gatilho, mudanças de rumo

[verso 2]
com os números do k-mon, me vejo pulando do c-me
à margem de órion, centurião, no chão resiste o cardume
lucidez de confusão, mil erros e ninguém -ssume
no conjunto julga, então me culpa
e que o destino nunca nos junte
advento de guerra interna, na vida faz merda que pune
na solitária, não importa a área
cada vez mais só, efeito dominó
na mente suicídio, adrenalina é nó
muitas vezes pensei em pow pow, mas sou flow flow
causo dor maior, o mal reflete em tom maior
mil sacrifícios isso foi pior
pra você escrevi poemas tipo belchior
pra você dei o meu melhor
no conto do amor eu me senti menor

[ponte]
o breu que segue, o verbo é verve
universo em ruína e a mente ferve
mil doses de tudo adentra ao covil da pele
quantos erros servem?

[verso 3]
minha vida é o meu pedestal
onde lorde vira animal
antes eram visceral tipo cineral
depois do sal, toda rubrica é know-how
amor, arte abstrata é estrábico
e a lábia mata, é tudo cênico
luxúria da carne já é tático
mata amor verdadeiro a milênios
com a caneta tudo é mágico
vira positivo o trágico
raiz do erro tudo vira adubo
de herói a vilão em segundos
no giro do mundo, seu cheiro, lábio rasuro
já que estou sem você
então que eu morra em verbo
antes que adentro ao escuro profundo
me engajei na obra, ao senso que cobra
e tudo se renova enquanto o tempo p-ssa
herdei minha fé, suc-mbi o chão
estendi a mão, ao invés de represália
o futuro encalha se as ações empaca
me iludi no sonho, sem champanhe e taça
converter os traumas em ensinamentos
é o que da sustento pra uma nova aura
em 4 dimensões minha pele rasga
em fotos e lembrança de uma cota em casa
o amor que cria e sem ele acaba
o sonho que sonhei, quando te olhei
seu amor que fez, logo eu que achei
que o seu sorriso era o que bastava
ó deus, nunca esperava
mil vezes, palavra te amo na eternidade divaga

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