letra de pantera negra - igor chico
eu tenho um sonho
o sonho é revoltar quem obedece, que se foda os que manda
quem sabe meu povo o não ouve minhas prece
e faz de cada quebrada seu próprio reino de wakanda
cada vez que a gente rima que a gente dança
é uma lembrança
de que que nessas nossa andança não existe pecado
era tudo bem mais feliz por aqui
até chegar o povo
que acredita em diabo
agora nóis aprende cedo demais
que não tem fórmula mágica pra paz
mas cada vez que eu não me mato
eu consigo ouvir o aplauso dos meus ancestrais
– os preto velho tão sempre comigo
perdão ai se minhas rima as vezes parece triste demais
e o meu olho sempre cansado
é que eu aprendi a entender o mundo brisando
no m-f- do meu quarto
com minha mãe dizendo que eu tinha que estudar pra ser gente
pra não ser igual a ela
como nóis faz diferente
se por aqui não tem vibranium que salve a gente
se só há bala, fome e cela
proibições em cada verbo
medo em cada verso
desespero em cada viela
quem vence se torna grande demais
então desculpa se na minha poesia só tem espaço pra quem perde todo dia
tipo meu pai
tipo o bêbado na esquina
se deus ajuda quem cedo madruga
então ele nem deve saber que eu não durmo há mais de um mês
pensando em como mostrar pra cada menino daqui que ele também é um rei
eu vou fazer as pazes com xangô
pra ver se ele me ensina a ser rei
é que eu sou filho do caçador
oke arô
não sei respeitar patrão, padrão, nem lei
mas fé
fé em quem para rodovias e em quem queima cadeias
fé em deus e nas criança da favela
e nem precisa aplaudir que isso aqui é só nosso ensaio
mas se hoje nóis tá vivo agradece as mães de maio
podia ser minha mãe, que loucura
e meio que era
morreu de tristeza, de banzo, de espera
a cota agora é fazer virar o sonho da vera!
e de todas as mães que morreram esperando justiça:
então fica decretado:
não morre mais nenhum menino nosso na mão da polícia!
sei que até hoje nois não achou o amarildo
mas calma, muita luz
revolução aqui é segurar o sorriso
olha pro céu e agradece o nordeste
força de lampião pra enfrentar gambé que se cresce
nem as praga do egito mata igual essas peste
até no natal lá na rua
tinha uma mãe chorando
tipo a da matheusa
tipo a do daleste
nois não tem direito ao luto
e nem direito ao fluxo
(eu ando cada vez mais só
só que ainda é pelo caráter que escolho com quem vou do lado
e junto nóis atravessa o mar vermelho ouvindo um rap bolado.)
mas se ontem era silêncio e banzo
hoje somos loucos anunciando sonhos no microfone!
oxalá vai nos recompensar por cada noite dormida com fome
nanã vai cuidar
de cada corpo dos nossos que some
mantenha-se vivo
mantenha-se viva
e verá
que cada pantera negra tem seu próprio jeito de reinar
alguns usam boné no lugar de coroa
e na minha cabeça o que me guia é a voz da minha coroa
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