letra de 80 bpms - ícaro sdr
verso
tenho a turma no degredo
juro até vi ternura no tormento
purpura no cinzento
por favor cura o meu segredo
hoje escrevo como quem
sutura a ferida a medo
por mais
que tente
explorar
cá dentro
há caos
há vento
há mais
prometo
prudente?
não
juro que acho que isto é um sonho
e estou em coma num caixão
é a soma do pecado
com a paixão
e trocava de bom grado
saudade por solidão
amor o teu soldado quer perdão
amor o teu drogado
quer-te voltar a ter na mão
desgastado
pelo cansaço
e podridão
perdi os sentidos
só p’a ganhar direção
mas não… ainda nada
uns quantos erros
mas tem sido
uma linda estrada
terei aprendido a amar
esta minha vida amarga
por mais que chore em desespero
para que chegue a madrugada
todo o dia é sacrilégio
cada noite é sagrada
desromanceia o meu mistério
porque é que?
cada noite é sangrada
(cada noite é sangrada )
refrão
uns anos mais tarde…
vi a tua prosa à lupa
só para concluir
que não é minha
é nossa a culpa
cresceu tão profunda
que já não é imatura
porra juro que desta culpa
cresceu uma rosa adulta
verso
ando a beber as palavras de uma poetisa calada
a gritar kisa não bate
mentalisa que me parte todo
saber que não sei
se estarás a afogar-te hoje
e já não te pego flores
pego fogo
e perco me no teu pescoço
(perco me no teu pescoço)
desabituado a estar de pé
só peço lodo e peco torto
sei que interesso pouco
alguém que empreste
afeto ao louco de ego morto
desculpem tudo o que não está certo
sou um mero esboço
diz-me quem endireita a sina deste cepo
se a entortei desde cedo
firma firme mas com sede
até escavava até ver água
mas também estou suspenso
não há chão nem nada a que possa agarrar os dedos
quanto mais terra para lavrar
e criar o meu sustento
semear o meu enredo
estou a escolher palavras com um critério
que já nem eu entendo
mete-me o mundo numa mão
e dá-me a tua
diz-me para onde é que eu tendo
refrão
uns anos mais tarde…
vi a tua prosa à lupa
só para concluir
que não é minha
é nossa a culpa
cresceu tão profunda
que já não é imatura
porra juro que desta culpa
cresceu uma rosa adulta
verso
tenho a turma no degredo
juro até vi ternura no tormento
purpura no cinzento
por favor cura o meu segredo
hoje escrevo como quem
sutura a ferida a medo
por mais
que tente
explorar
cá dentro
há caos
há vento
há mais
prometo
prudente?
não
juro que acho que isto é um sonho
e estou em coma num caixão
é a soma do pecado
com a paixão
e trocava de bom grado
saudade por solidão
amor o teu soldado quer perdão
amor o teu drogado
quer-te voltar a ter na mão
desgastado
pelo cansaço
e podridão
perdi os sentidos
só para ganhar direção
mas não… ainda nada
uns quantos erros
mas tem sido
uma linda estrada
terei aprendido a amar
esta minha vida amarga
por mais que chore em desespero
para que chegue a madrugada
todo o dia é sacrilégio
cada noite é sagrada
desromanceia o meu mistério
porque é que cada noite é sangrada?
(cada noite é sangrada )
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