letra de ensaio da resiliência humana - gustavoask
[intro ask]
vida é efêmera
e nela pomos nossos sonhos
e mesmo se você temer as
escolhas, são elas que fazem quem somos
[verso 1 ask]
quantas inimizades formam um caráter?
quantas falsidades formam uma social?
não importa qual argumento que se vá ter
pisar no seu igual pra ganhar moral nunca será normal
pessoas querem crescer profissionalmente
mas o profissional mente na entrevista de emprego
artistas querem crescer artisticamente
mas anda triste com a mente guardando medo em segredo
insegurança que nos priva
esperança que se esquiva
então se livra de noiz de uma vez
já que todo sonho que noiz não tem vez
só por uma vez queria nadar sem morrer na praia
onde no final do mês cê ganhe vida e não migalha
gritam suas falhas feito gralhas, você na mortalha
suor que não que não vale a pena
escute sua consciência antes que alguém calhe-a
antes que alguém calhe-a, escute sua consciência
[refrão makida]
mas eis que chega roda viva
onde meus reis não encontram a saída
onde um mês é o inferno na medida
onde sua vez é esquecida
onde meus irmãos apodrecem
só pra ir pra casa e dormir
onde os patrões não se esquecem
que é preciso pisar pra subir
[verso 2 ask]
vitórias regadas a ódio, mal agouro e muita dor
mas tudo é falso o pódio, o louro, o vencedor
note o ouro de tolo e a sua cor
e brote o coro em estouro no interior
eu vejo lobos em comícios, logos em edifícios
loucos em precipícios, poucos voltam ao início
morto em exercício, absorto de um puro vício
e se o ser humano não fosse mais o resquício
e visse o poder que tem e ninguém impedisse-o
vivemos um empecilho presos a um bloco de cimento
o sonho na superfície, mas afundamos mar adentro
marelendo tipo jeca tatu sem o biotônico
num mundo onde a desistência é um problema crônico
chega a ser cômico acordar todo dia cinco da matina
pra erguer castelo alheio e o seu tá em ruínas
[refrão makida]
mas eis que chega roda viva
onde meus reis não encontram a saída
onde um mês é o inferno na medida
onde sua vez é esquecida
onde meus irmãos apodrecem
só pra ir pra casa e dormir
onde os patrões não se esquecem
que é preciso pisar pra subir
[poema ask]
olhares fixos pra frente
pesares cíclicos nas mentes
em ares críticos a gente, sem saber
compartilha medos em solidão
isso é profundo
milhares ríspidos inerentes
à pilares vívidos de gerentes
em bares, lívido, a gente, sem saber
fecha o peito e diz não
pra máquina do mundo
altares místicos diferentes
e a gente, sem saber, é o sacrifício do deus da produção
em pares dísticos a s-m-nte
e a gente é suficiente pra valer mais que o cifrão
cinco horas e a mordaça na cabeceira da minha cama
foi só um ensaio, ensaio da resiliência humana
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