letra de ismália - gustavo ǥoulart
a febre segue na estante
e a tampa da cerveja já no lixo
meu coração já tão distante
já não bate tão forte ao te esquecer
sequelas de um p-ssado errante
e eu sei que deveria aprender
mas minha dor nasceu migrante
e encontrou um novo lar para viver
eu não aguento mais correr
toda vez que a garganta dói
e o meu suspiro intolerante
como um tornado vem e me destrói
e a voz que era tão gritante
se apaga e nada mais a reconstrói
e o céu parece interessante
mas do ponto de vista de um anti-herói
mensagens todas deletadas
o nosso match não existe mais
nem sei se quero alguém ao lado
sozinho é bem mais fácil não chorar
se subo ao céu ou desço ao mar
nessa torre de mim ninguém vai lembrar
teus olhos tão interessantes
se apagaram pra eu nunca mais te olhar
eu não aguento mais correr
toda vez que a garganta dói
e o meu suspiro intolerante
como um tornado vem e me destrói
e a voz que era tão gritante
se apaga e nada mais a reconstrói
e o céu parece interessante
mas do ponto de vista de um anti-herói
e num desvario seu
na torre pôs-se a cantar
estava perto do céu
estava longe do mar
e como um anjo pendeu
as asas para voar
queria a lua do céu
queria a lua do mar
eu não aguento mais correr
toda vez que a garganta dói
e o meu suspiro intolerante
como um tornado vem e me destrói
e a voz que era tão gritante
se apaga e nada mais a reconstrói
e o céu parece interessante
mas do ponto de vista de um anti-herói
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