letra de drogas nas cidades - guardiões do subsolo
[verso 1]
quando nasceste, sorriste para o mundo puro e inocente
olhar de criança recém-virgem presente
um coração a bater
uma vida a aparecer
durante o orgulho dos teus pais
ao te ver crescer, puto
eras completamente virgem de sofrimentos
tudo para ti eram fortes momentos
de alegrias
mas dias são dias
e amizades são a queda de algumas cabeças vazias
distorceste o teu ego
quiseste ser o meu
deixaste-te levar pelo teu
querer ser mais do que o meu
foi o principio do teu fim n-gg-
e sabes bem que sim
tu sabes bem que sim
começaste por aprender a fumar um charro até ao fim
gira wellas
rias-te à toa enfim
como eram belas
as tardes noites, que é delas
mocas
e não paraste mais
davas respostas
as tentações do viciado corpo que tinhas possuído
não tinhas controle
sentias-te perdido
mas ao mesmo tempo contente por dentro preenchido
não havia tempo para sermões
conselhos e orações
e lavas ash ash
agora tinha que ser
já não havia guito suficiente
para o andamento permanente do teu pensamento
desde que experimentaste o pó
começaste a meter dó, aspecto cansado
nada comias, já só droga consumias
chegaste ao topo, ao fim da linha
eras rei e senhor sempre para cima
heroína injectaste e viajaste
és bem vindo ao reino do peso drogado
fechaste os olhos e caíste, já não havia limite
era tarde demais quando paraste e reflectiste
que era triste, a vida que tinhas começado
pois hoje em dia não p-ssavas de mais um agarrado
[refrão]
nada nem ninguém (mais um agarrado)
‘tá livre de cair
a droga nas cidades existe pá’ quem quiser consumir
(mais um agarrado)
[verso 2]
uma luz no fundo do túnel
a esperança é a última a morrer
espero ainda poder ver o meu filho a crescer
já me tiraram dez anos integrados
fui pensar no mau caminho que seguia
nas oportunidades que deixei p-ssar bem ao meu lado
mas sobreviver na rua desde puto fui habituado
jogar à bola
troquei a pano o saco de snifar cola
não tenho amor por ninguém
‘tou sozinho neste mundo
não tenho saída
este buraco não tem fundo
o meu destino foi traçado
acabar no bairro ressacado
cheguei agarrado à heroína
fiz tudo para encher uma seringa
sei que o estado em que me encontro é lastimável
ninguém me compreende, eu sou desagradável
provoco maus olhares
traz a merda do pacote melhor é não falhares
não tenho medo de enfrentar o policia ou a população
em parte tenho culpa, noutra não
fui empurrado, nasci na miséria
na miséria vou ficar, a cena é séria
nos subúrbios não se aprendem boas lições
pois o ambiente é só drogados e ladrões
venham mais bairros sociais
venham mais
quantos mais melhor para ficar pior
e fico à espera da cura sagrada
que ainda não foi encontrada
e mesmo que tenha sido, perde o sentido
quando à rua chega um indivíduo
e vai ter com o amigo
e o desvio já é sabido
queimas o teu cérebro, o interior
só para ter proveito, só para apagar a dor
ritmo contínuo, dele já não te safas
tens que ter um conto para apagar certas ressacas
[refrão]
nada nem ninguém
‘tá livre de cair
a droga nas cidades existe pá’ quem quiser consumir
nunca te esqueças disso, n-gg-
tem juízo
nada nem ninguém
‘tá livre de cair
a droga nas cidades existe pá’ quem quiser consumir
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