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letra de grock rajada #3 - grock clothing

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[intro]
essência
grock

[verso 1: noturno]
tô há um tempo trabalhando no meu sonho
faz um tempo que eu não vejo minha família
tô agradecendo tudo que eu tenho
pondo novos itens na minha lista
luz pros meus manos que estão na pista
vivendo num ciclo louco que te vicia
hoje eu agradeço por ter uma filha
tenho algo bem maior em frente, na mira
universo de vibração, conectando toda matéria
emoção é o alimento da minha alma
já cansei de fazer parte dessa guerra
entre suas escolhas não jogue a moeda
não vivemos de sorte, cuidado com a queda
criado na zona norte no sol de 40º
mais um dia de pé nessa guerra sangrenta
e meus primos que se foram por uns ideias
lutando por justiça em um lugar de paz
para aqueles manos manos que não estão aqui mais
fizeram sua parte sem andar pra traz
um dia nós se encontra nessa estrada
onde nós seremos imortais
tô na grock lançando a rajada
munição aqui não acaba mais

[verso 2: yuri barão]
nascido, sou cria de long river
made in street, rj: the crims
bem-vindo a sin city
ninguém se mexe antes que eu atire
deus que me livra desde menor
é o mesmo que os meus pais oram por mim
eu me acostumei a andar sempre só
mas meus anjos da guarda nunca me deixaram sozinho
tempo ruim nós viveu demais
guerra ao terror virou guerra a paz
meus amigos são meus ideais
perdi irmãos que não voltam mais
eles querem que eu rime, então remem
quando tentarem me alcançar já vou ter ganhado um grammy
vou fazer um feat com kanye de nike e supreme
a cena ta hilária um bando de meme
calma, calma, calma, calma, mano
calma, mano, calma, não treme
que eu nem vou me lançar no momento
tô dando um tempo de vantagem pra vocês correr na frente
calma, calma, calma,, calma mano
calma, mano, calma, não treme
calma, mano, calma, não treme
não treme

[verso 3: black]
da baixada pro catete
da baixada pro catete
da baixada pro catete
catete, eu
sigo deixando telas esburacadas podem me chamar de van grock
eu vim pra mostrar pros brabos que eles nem são tão brabos -ssim
daqui da baixa’ eu vejo como que cês tão em choque
cês não são bandido por que tão com kenner
nem escobar por que estão usando cocaine
muito menos gangster por que bebem henne’
com esses raps festim vocês não matam o game
andando pelas ruas tu vai perceber
que quem não tem medo no olho tem sangue no olhar
com o p-ssar do tempo cê também vai perceber
que tudo se esvai, irmãos caim caem
ganhei quando perdi o medo de perder
menor pia achando que é fácil, porra, mano, antes fosse
eu sei que é foda tu viver pra isso mas não viver disso
eu não me esqueço dos dias que eu rezava pra ter tudo o que tenho hoje

[verso 4: felipe doisf]
(self made, grock)
quem diria que eu ia chegar onde cheguei
percebi que o bem e o mal é relativo
e depois dessas neurose que eu p-ssei
felicidade é olhar pra mim e ver que eu tô vivo
do outro lado tava osso, eu perdi uns amigo
resolvi botar nas folhas meus conflito
e se eu tivesse botado a mão na quadrada
minha coroa ia tá chorando, vocês iam ta fudido
lá em são gonçalo era diferente
tipo natação, cada um com a sua raia
aqui na zona sul tudo parece igual
ahn, cada playboy com sua praia
dizem: “cada um com sua laia”
e é esse tipo de coisa que nós desconstrói
eu não vou ficar bolado se eu receber vaia
filho, por que eu sei que a verdade dói
versos 69 para esses 64, em pleno 2018 e cês querendo ditadura?
mas vocês sabem que a dura não tem cara
ela tem cor e geralmente ela é escura
e quantos manos se perderam tentando buscar uma luz
nessas ruas tão obscuras
falaram que a burguesia ta um veneno
mas que se foda, favela sempre a teve a cura
favela sempre teve a cura, sempre, sempre
favela sempre teve a cura

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