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letra de vizinhos - grammaz

[verso 1: thaik]
e eles tão na janela de olho em toda informação e movimentação
procuram saber do cachê e ainda circulam boato que até me envolvi em mensalão
de fone de ouvido e caneta na mão, eu desci pro saguão, nem ouvi do salão
que “esse tal de thaik tá pisando de nike cortez e almoçando sushi de salmão”

e é claro que não! se eu tô no corre os “vizin” sempre arruma alguma interjeição
topei mano eloz com nutela, antes era só mortadela hoje tem requeijão
e eu não sei o que há de amanhã, se faltar vão falar que eu “noiei” o vale refeição
e avisei pros “peidão” que pra fazer uma multi é preciso muito mais que arroz e feijão
tem os que falam que são crime, os que não devem, os que só tremem o latão
os velhinho da antiga que não arrumam intriga com vários ensinamentos de platão
quem tá por status descartam-se os fatos, é amigo de todos, dissimulação
e os acomodados que só tem lugar por viver de babá no ovo do patrão

[ponte: chaves]

[verso 2: iguana]
p-sso a p-sso, letra a letra, vamos arranjando espaço
incomodando meus vizinhos que só “quer” arrumar treta
isso é deselegante, já dizia no jornal
vão falar que eu tô mal ou num sou bom o bastente

maquiados como kiss, tudo como quis
seu projeto é manipulado da cabeça a raiz
eu “só quieto” sei que eles deveriam ter medo
porque sozinho eu transformo isso num projeto x

risca esse jogo da velha e procura um motivo
isso é tão extraterrestre que dispenso o arquivo
se ele tá vivo pode ser porque merece
me pergunto quanto tempo insistiu james e jessy

segundo tanto chato mas o jogo num é justo
preciso de tão pouco pra quebrar o seu discurso
pela lateral, regras não se aplicam a mim
tem anões no meu jardim que domariam um urso

- grammaz

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