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letra de o teatro - gramal

quando as cortinas fecharem
e a solidão bater tão forte
na porta do teu camarim lotado

vai ver que o show acabou
nem pense em me procurar
que eu curto a vida sem roteiro
eu gosto do perigo de errar
e tu sempre reclamou
ah, por favor
nem vem com essa ladainha
por essa criança reclamona
que tu se apaixonou
e bem, cá entre nós
não faço nada que eu não queira, nem canto, encanto
espanto as anedotas, então aceite
amor
eu prefiro não viver
do que não atuar
a dor
de não te ter por aqui
é tão sem fim
apaga a luz e me devora
eu sou antônio abujamra
se te toco e te provoco um tanto
gosto, gosto, eu gosto de te ver
bem mais à pele que à flor
e num pavor
que me atente em mim detenta
planto, planto e vejo só s-m-nte
sem fruição desse amor
mas fugir eu vou
e chegam tantos os correios
nus e crus boletos tão famintos
um tal roteiro com arroz
vem num calor
que só o sol e mil estrelas
livre, enfim, mas quente que me assusta
sou mais nosso cobertor
eu prefiro não viver
do que não atuar
a dor
de não te ter por aqui
é tão sem fim
apaga a luz, meu amor
eu prefiro não viver
do que não atuar
a dor
de não te ter por aqui
é tão sem fim
apaga a luz e me
felicidade realista – de martha medeiros por antônio abujamra
“e quanto ao amor?
tsc! ah… o amor, o amor
nós queremos amor: amor!
todinho. maiúsculo!
nós queremos jantar à luz de velas!
nós queremos s-xo selvagem e diário!
nós queremos ser surpreendidos por declarações
e presentes inesperados!
sabe quando?
de segunda à domingo!
nós queremos ser felizes assim e não de outro jeito.”

- gramal

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