letra de acalento - gabriel ventura
mascarei o jugo e o fardo de tudo pra satisfazer
a quem me faz bem
e quis o mundo pra oferecer
a quem me fez quem eu sou
tanta corda pra amarrar
tanto nó pra se soltar
eu sou a mão, o vento, o chão a te cercar
e se seu olho anuviar, eu sou a gota a te salgar
e viro a chuva, lavo tudo
eu viro a chuva, lavo tudo
eu viro a chuva, lavo tudo
respinga e entrega seu suor que não sacia jamais
e quem tem sede de amor
vai se embriagar
e me acalenta
sem certezas infinitas
e eu que duvidei de tanta luz a me decorar
tanta borda a desfiar
que um vestido eu vi brotar
minha voz agulha e mel a te costurar
se o destino conclamar
turvo e belo anunciar
o fim do som
num brado surdo
o fim do som
num brado surdo
o fim do amor
eu brado mudo
te amo
te amo
te amo
te amo
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