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letra de mais um dia de pêndulo - gábe

[verso 1: gábe]
eu nem sei o que é wordplay eu vim de namekusei
ainda to na mesma merda rimando com o mesmo tey-
lor, otimizando meu tempo, por isso escrevo no trampo
eu sempre fujo de treta e visto sempre esses trapo
eu sou o tronco dessas folhas mortas
eu sou diacetilmorfina que pulsa na veia horta
eu to colhendo essas rimas na horta
o tédio é a peste negra que deixa minhas linhas tortas
tiraram as algemas das minhas amígdalas
e as mentes miúdas com veneno de víboras
coalizão com os magos de curitiba, sem a fé enorme
faltou apenas um clipe do gushorn
sem tempo, escrevendo uma rima por dia
mas tanto tempo pra entender o que a rima podia
acrimônia que só se solta com o eflúvio da amônia
mais um dia de pêndulo e da morte da amazônia

[verso 2: teylor mesmo]
me diz de onde
foi quando
por quanto compra
e tanto paga
aguenta o santo o gole
é pedra
enquanto af-ga apedreja
ou quanto vale um real?
são mil de pratas moedas
o peito e a adaga e o dente de alho
trabalho sério
purgatório, ampulheta
a ilha move-se no espaço tempo
são poetas e lunetas
são promessas vendettas
com engrenagens pretas
fumaça cinza suja o azul do céu
a parte branca no preto e o preto é parte do branco
me fala o preço da arte ou dos tropeços e enganos
me conte a história da sua vida, irmão
são novas flores nascendo
espelho e sete quebrando
superstição não põe comida na mesa
sou violão e temos samba no pé
do grande rio do sul terceira capital
conexão da utopia com a vida linda e vivida
de curitiba a existência é o manancial

- gabe

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