letra de psicofonia - fuse
prestem culto ao som que vos incuto como um sopro, transcomunicação, qual é o lado morto?
rostos despidos de pena e moralidade
é o vínculo entre os mortos e os fracos de espírito
alegar consciência é um sarcasmo putrefacto
o mal é como arsénico, procura o viciado
cemitério vivo onde lápides são faces
onde almas como espelhos procuram identidades
a ignorância é a fantasmagoria
esbarram-se na escuridão material da vida
gravo gritos frios em composições sombrias
como o diário de uma -ssombração perdida
será que és vítima ou carrasco da tua vida
ressuscita… arrasta a pedra tumular, respira…
vivo horrorizado como um toxicómano
o ser humano é sádico mas eu sou transumano
encruzilhada nunca p-sses às 12 badaladas
andam à caça de mentes fragilizadas
como o diabo a tentar puxar-te pra baixo…
é o inferno da hipocrisia explícita
extrema unção, sacramento moribundo
aos povos em colisão nas trevas deste mundo
a mente é o aloquete para a caixa de pandora…
a sanidade desvanece até à última gota
evocação, chamamento à elevação de espírito
juntem as mãos, respirem fundo
comunica comigo, sai do escuro, abre o corpo
descobre se tás morto ou vivo
sessão de espiritismo entre a minha voz e o ritmo
exumação de pensamentos, é verídico
é o mundo dos mortos vivos, estripadores de espíritos, desmembrados de intelecto, é sinistro
é o almicídio entre corpos em delito
almas que procuram abrigo para fugir ao frio
neste mundo maldito… não enxergam um palmo à frente do espírito
mas o meu caminho alumio
sacudo o pó do que resta do meu tempo
com versos como arrepios causados pelo vento
é eterno, o homem é suc-mbido pelo medo
auto-maldição, 12 meses de inverno
iluminado a inteligência é o habitáculo
abrigado da luz negra que voa sob a presa
tenho medo dos filhos deste canibalismo aceso
que interrompem o meu sono quando eu me sinto vivo
o vosso castigo é a cópula com o luxo
não sou bruxo, a razão nasce por dentro como um quisto
o último riso é o mais mórbido, lembrem-se disto
apareço depois de cristo, já havia dito…
acorda ou tens morte espontânea, faz a autópsia
rezo o último verso como um encanto junto à cova
a fundir consciências como o ferro
a sapiência é um pêndulo magnético entre a vida e o tempo…
evocação, chamamento à elevação de espírito
juntem as mãos, respirem fundo
comunica comigo, sai do escuro, abre o corpo
descobre se tás morto ou vivo
(x4)
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