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letra de estação - flavio labanca

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[verso 1: labanca]
eu to correndo em círculos
p-ssando labirintos e cubículos
sou contador de histórias
vendedor de sonhos
doador de memórias
e colecionador de vícios

eu vim correndo contra o tempo em linhas tortas
em busca de uma merda pra me conformar, me confortar
depois da curva tu não vai me achar
é só fumaça que fica no ar

problemas reais, de um mundo real
bem vindo ao meu inferno astral
problemas demais, a morte é leal
ainda vivemos como nossos pais

a vida como uma estação
aqui não serve de estadia, não
comprando a prestação
com gosto de ingratidão
engolindo o pão nosso de cada dia

quanto tempo de viagem?
depende do tamanho da dosagem
o trem das onze ja ta longe
é a hora do bonde
e no guichê não fazem a troca da p-ssagem (x2)

mudam as estações e ficam os vagões (x3)
levando histórias e dúvidas

[verso 2: kanove]
(qual o próximo trem que vai p-ssar
qual o próximo trem que vai p-ssar
quanto tempo dura o intervalo do destino)

e a amante me sugeriu pular do precipício
eu disse pulo
a morte suja riu, no início
eu só era mais um discípulo

e dentre o círculo, um circuito
num vicioso ciclo, questionando o destino seu intuito

é difícil mergulhar no plano raso
eu vim pra ser o pior dos vasos
jamais quebrar, acelerar
já que ando pontual com o atraso

e eu caso com a vida tendo a morte como amante
o mundo é nosso cerimonialista
e no “fale agora ou cale-se pra sempre”
ouvimos gritos de amantes, tinha uma lista

quem mandou foder com a morte
entregar amor ao seu delírio
quem mandou transar com a sorte
deu sorte pro seu próprio martírio

o mundo é isso, um flerte com a vida
ouse a conquista
a fuga ao compromisso
não inverte a direção da pista

a vida só pede
fidelidade aos princípios, sem trair
o que liberdade concede
pode trazer espaço mas a morte atrair

mas já não temo a morte
eu temo o tempo
tememos a quanto tempo?
e já não temos mais tempo, mas tento
voar com a liberdade e entender a ciência do vento
minha plenitude tem mais a ver com experiência do que tempo

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