letra de pés descalços - fil rapper
[verso 1: don]
fazendo valer toda essa maldição
e vendendo prazeres em troca de cartas
a vida te cobra, não cobra valores
sentidos a vista de quem já maltrata
tentando entender o meu melhor pra vida
que questionei princípios que não lembrava
mas tô mais vivão que já vários vendidos que encontrei na estrada
quero que se foda
a bíblia retrata contextos após
de questionários nativos vivos
tudo que me mostrarem, hoje um timbre de voz
vejo o proposíto aqui sendo escrito
tudo tão nítido, mas
sentindo lírico que move o mundo
lembrando o que vive não olhe pra trás
todo detalhe é importante pra quem sempre insiste
leitura da vida eficaz
papo de dentro do espirito
fale comigo também, veja a mais
toda cautela desvendo o tropeço maior
só depende de você, ir contra a sorte
se vai mais longe
e saiba que morre quem na vida é mentiroso
[verso 2: jean t-ssy]
abra a porta que eu tô pra rimar que nem louco
tacando fogo, mesmo descrendo do jogo
tõ pelo jogo e não nego
vejo quem joga no escuro, na luz e no cego
não há felicidade como antigamente
toda rivalidade pelo semelhante
a verdade ta distante, provavelmente
a vida acata toda corre que ta se fazendo
tarde demais, a busca se tornou uma corrida pŕa tŕas
mesmo eu só querendo vir pra frente
toda escolha tem consequência de queda, mais eu vou
fugir daqui o mais rápido possível
pra poder fugir daqui
[refrão: don e jean t-ssy]
eu pensei bem
vago em pés descalços sobre a luz do luar
posso ir, posso vir
céu de mim, consiga pedir tudo que não pode olhar
a nuvem vem para que possamos ter que também esperar
a vida e seus laços em declive
[verso 3: fil]
mais uma noite de chuva
e o cansaço ac-mulado da rotina me faz degustar a uva
todos os dias para esquecer os tem e os quilômetros que meu skate já correu por essas ruas
cada gota de suor já me fez melhor, já me fez pior
já me iludiu com o consumo de uma válvula de escape
que me distanci-sse da real e me lev-sse pro mundo melhor
e hoje são, mais nem tanto, e hoje são tantos
tipo o karma dos poetas francos
de baixo da sola dos meus pisantes
marcas d’água e de asfaltos mapeiam os cantos
por onde eu estive, levando ao palácio ou não
pegando na machado ou não, a gente sobrevive
e vai sem cometer deslize
sua mente não p-ssa da interpretação desse universo em crise
mais o trovão ecoa na janela e me lembra de manhã
que ele sei foi e não me disse adeus e não me avisou quando iria embora
faz tanto tempo que é -ssim, eu e o meu time
eu tô por todos e sei que todos estarão por mim
e o que alivia a ansiedade é mais um trago no cigarro e essa ilusão mainstream
[refrão: don e jean t-ssy]
eu pensei bem
vago em pés descalços sobre a luz do luar
posso ir, posso vir
céu de mim, consiga pedir tudo que não pode olhar
a nuvem vem para que possamos ter que também esperar
a vida e seus laços em declive
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