letra de poesia e silêncio - felipe valente
nada nasce, cresce ou respira sem amor
sol e chuva sobre o campo tudo é favor
oh, meu pai! oh, meu pai!
mesmo sem sentido o que se move sobre o chão
tudo é conhecido e do inteiro é fração
oh, meu pai! oh, meu pai!
e cada lágrima que brota e enche os olhos
é poesia e silêncio
e cada corpo que no pó da terra desce
é poesia e silêncio
todo pranto é sagrado ainda que sem razão
cada sangue que da terra clama é canção
oh, meu pai! oh, meu pai!
e cada lágrima que brota e enche os olhos
é poesia e silêncio
e cada corpo que no pó da terra desce
é poesia e silêncio
homens e mulheres pobres, filhos, mães solteiras
g-ys e órfãos, governantes torpes, loucos, missionários
peregrinos e refugiados, corpos são violentados
pequeninos afogados no mediterrâneo
a natureza arde em chamas, nada nos constrange
o trabalho escravo impera, nos calamos ante a fome
pontes de concreto clamam pelo miserável
injustiça esmaga. me perdoe já não sei se a graça basta
erga-te do trono agora, a criação sufoca
o opressor prospera e nem arte nos aponta a resposta
se cada lágrima que brota e enche os olhos
é poesia e silêncio
se cada corpo que no pó da terra desce
é poesia e silêncio
oh, meu pai! oh, meu pai!
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