letra de túnel seikan 1988 - estranho
[refrão: rômulo boca]
essa vida era pra ser só vida
era pra ser só vida
[verso 1: estranho]
me ponho nos sonhos que escuto
nos moldes que percebo, dialeto que -ssimilo
não imito, eu não sou ditto
devolvo algo amargo, tipo álcool misturado
como suco de cevada e um bom papo
uso codinome estranho pra não levantar suspeita
aceito de bom grado, eu não sou de fazer desfeita
sintonia bem feita, mesmo quando orgulho enfeita
igual animal de rua, qualquer canto se ajeita
personagens inocentes como testes nucleares da coréia
paladares diferentes degustando a ideia
zé colmeia e catatau, chris e greg
nem que seja um instante, um minuto não se apegue
apenas pegue as s-m-ntes certas
cuidado com intrusos, não esqueça a janela aberta
almas em palestra, observe pela fresta e não perturbe
segure o cerebelo e o m-st-rbe haaaa
[verso 2: caio]
perdidão, no túnel seikan de manhã
fumando no papel de pão pensando em blunt de maçã
lembrei que o beat do estranho
formou uma conversa longa
juntamo as ponta
afastamos as pomba
eu nem vi a van
já perdi a hora
vim de la lá de baixo dos esgotos
frio fura os peito de aço
p-sso pra você o cansaço
se eu falar de deus é mato
enquanto os puto só vêem e fala do diabo
[verso 3: vilela]
uma conversa que não acaba, mas espero que fique
pelos bueiro lá da norte afundando os t-tanic
menor sonhava ter um nike, mas pique se iludir
enquanto minha mãe me diz que tudo é vaidade
hoje eu faço o que posso
da vida só vejo destroço
hoje dinheiro é negócio
quem me ensinou que tudo isso é puta
que o que importa é minha conduta
pra pôr no logo esses filhos da puta, desculpa!
[verso 4: rodrigo zin]
0800 na forma que adquiro
todo conhecimento, 172 ciclos
“muda” de ideia, “árvore” de raciocínio
mude de ideia, mas não mude seu caminho
converso com almas, ressonância concluída
fui tocado pela música, boombap, ela vestia
tudo dela foi se abrindo, das pernas ao coração
quer conversa mais sincera, que uma boa ligação?
é olhos que se tocam, a dupla perfeita
mordecai e rigby, rodrigo zin e sua caneta
victor e léo, mas eu to na cadeira
água e neosaldina pra sua dor de cabeça
e todo o silêncio é muito necessário
palestre com demônios, espelhos, adversários
entenda que toda história tem um lado
eu tolo escritor, tenho, é história pra caralho….
[refrão: rômulo boca]
essa vida era pra ser só vida
era pra ser só vida!
[verso 5: rômulo boca]
esses dias me peguei entre meus sonhos mortos
explicando a eles meus caminhos tortos e os velhos impostos
que os matam, maltratam e jogam a vida para o outro lado
bk brilhando como sol, eu fui só candelabro
lobo velho, ladra, alaga a sarjeta
roma era um sonho, palestina, indonésia
são noites de faxina, conversa veta
discrepância dá asia
voltar pra velha asia
ver o mundo com sono e despreocupado
sem ansiedade no rosto cansado
túneis de água e mulheres nuas
mentores e guias cantaram minhas mágoas e as suas
almas em palestra, observe pela porta aberta
participe e desabroche ou evite até que seu cérebro broxe
essa vida era pra ser só vida…
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