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letra de chico science brandão 1966 - estranho

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[verso 1: dujota]
hey maloqueiro, maloqueiro do mangue do atômico
cade as notas que estavam aqui?
já não preciso delas estereofônico do berço sem meio termo
quando os meios não justificam o fim
eu quero os anos ’90 de volta
te dou teló e anitta, cês traz o chico sem cupom de troca
se foi foi um sonho eu vivi
showzão com a nação zumbi
temporal, locão, praça charles muller
eu tava lá, vendo os batuque entortar
cê não pode imaginar a cena, só o coração, entede?
e desde sempre a gente tende a gostar do que é bom
e a sua partida foi como se fosse um ente 13 de março
estranho me chamou pro feat, vish!
2 cervejas, 10g de canhamo e lanchei esse beat
agradecemos o convite, satisfação total
pelo samba maioral de sp para o recife! plaw!

[verso 2: msour]
vocês não sabem aonde encontram esse perdão
me pego pensando então, falta de preocupação
é tipo -ssim, as paixões que alucinam
e aqui nesse mundo nunca teve fim
e olha, faz 5 anos comecei tudo agora
o tempo que p-ssei, não joguei tudo pra fora
as minhas letras são meus livros de história
e hoje guardamos fotos dentro de memórias
vejo tudo agora, pensamento, alma e coração
clássico da zona norte, presta atenção
relatos da invasão, jaçanã é picadilha
trilha sonora do gueto aqui, do dia a dia
meu coração no tempo do beat descomp-ssado
aqui eu falo tudo, nunca que deixo recado
nunca tive ensino bom, no brasil é complicado
sabia o dimdimdom, era tudo decorado

[verso 3: eloypolemico]
acostumado a ouvir conselho de artista
mentiras que me servem desde que eu to na pista
só deus pode me julgar, gritou quem levou tiro
o tempo pra subjugar, não existe retiro
culturas sortidas, importadas, preto e branco
a lei natural dos encontros, numa pluralidade dos cantos
(e eu só quero encontrar) a fórmula mágica
pros meus não partirem de forma trágica
eu vim de um bom lugar, é bom lembrar do começo
sem mastercard, por que não tem preço
ofereço uma nova perspectiva
uma sobremesssa, e uma adição cognitiva
a força do pensamento, lamento
pau que nasce torto ta ligado é um tormento
pra variar estamos em guerra, em guerra!
e é devagar, devagarin o ciclo encerra

[verso 4: estranho]
a culpa disso sempre foi dos meus pais
ainda somos os mesmos e vivemos iguais
tipo um new game +, ouvindo um rock bom
ou quem sabe um jazz, o mesmo sonho audaz
só que em outro tom
em outro canteiro, procurei o mesmo gosto
bati em outra tecla, espanquei o mesmo rosto
ainda sou bem moço, quando aquilo q me entrego
nao contenta é mo desgosto, mas dexemos de coisa
pra derrubar paredes ver o grande o show no céu
as correntes alternando o papel, sagaz homem fumaça
a raiva contra máquina, esquina paranoia procurando o troféu
a batida perfeita, a tal voz que canta
bailando no ar, mas de que me adianta
viver na cidade, sem um pingo de esperança?
cantarolar pra resgatar minha velha infância

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