letra de quezília - escalpe
quezília lyrics
[letra de “quezília”]
[intro]
escalpe triplo seis
(escalpe triplo seis)
[verso: tilt, nerve]
torno-me bode sem que água benta me acorde
arrumo o assunto c’a caneta tipo que vais p’ra gaveta da morgue
só te safas com uma letra caso te venda uma estrofe…
mesmo a bater no meio dessa massa cinzenta onde não chove
nerve morre no fim, não lido bem no meio das lides do bem
triplo seis é um dos meus apelidos do meio
um tipo porreiro (yeah, o demo)
eu sou ele me’mo, eu não sou “tipo o rеi”
‘tá na altura. lança-te sem medo е diz que te empurrei
já sei. à próxima hei-de aparecer sem data
odeio repetir dicas mas esta vai parecer sensata
farto de alimentar os putos, c’a puta da cabeça em papa
capto a frase para ver quem capta, toca a reforçar a vigília
escalpe na casa – “dá-me mais voz”
tipo que faz parte da mobília
sabes que eu rezo sempre um pai nosso
antes de queimar uma bíblia
enquanto sais, fode-te, e já que vais
podes encaminhar a família…
um por um como a do czar, “sóce”
apesar de causar a quezília
não é razão para brigas, ligação perdida
se linhas são medidas, tu não mentes pouco
mas não me digas que é questão de ligas
nós só não praticamos o me’mo desporto
sabes bem ou só vens supor?
triplo seis, dude, eu nem te conto
aquele rei estupor, até ‘tou bem disposto
sem estar a pedi-las, aqui com o peito exposto
(olha para este merdas, agora) mano, tu és bem tosco
vê se vem socorro, se me chateio, foste
tu não tens força no contexto de pôr nos papéis ouro
isso é só texto fosco, sem cds e ainda te dei desconto
não vales um peido, esconde-te
dude, eu ‘tou bem descon— traído pelo jogo, para aqui feito corno
o que é p’a ti bater? ainda nem há pouco fumei um porro
(escalpe) mal cheguei e já tombei a torre
(escalpe) é me’mo como se alcateia fosse
entendo a tua dor, não há tareia doce
mas não papo desse fruto frouxo que a colheita trouxe
(nerve) persisto a matar por sistema
desde o tempo no sistema intravenoso, sempre toquei na ferida se eles dizem que atiram, quero mais é que se atirem dum poço
dizem ter dicas e rimas mas onde?
contam mentiras à medida da corte
droppo como ácido pinga na fonte
viram cabeças com mira na fronte
escrita assassina faz-te olhar para cima
aplicar chacina sem que a ira me assombre
sei que gostas de falar mas ouve:
há quem vá para a tumba com o tombar da torre
calei o paleio desse
quando lancei “treze” só mostrei um terço
(escalpe) triplo seis, sei que ninguém os vence
e o próximo que vem, boy, primeiro benze-se
(escalpe) não tem como, eu durmo sem sono
e fumo até pensar: “já nem sei se penso”
se eu tiver um desejo imenso
quero é que todos se fodam porque eu bem mereço
topo vê-se, mas não sei se topam
não sou filho do rap tuga
estrilho sem coração como aquele que vendeu órgão
não há pai p’ra mim, tipo um ateu órfão
ancião cacique, letal tipo a minha mão c’a bic
levam cafrique, faz confusão p’ra ti
que me vês daí do chão mesmo que eu não pratique
eu digo-te
[outro: tilt, nerve]
escalpe triplo seis
(escalpe triplo seis)
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