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letra de de fora - eliot & atmos

[letra de “voo”]

[intro]
eu não vou ao mic, o mic é que vem a mim

[verso 1: atmos]
não sei o que esperam de mim
nem o que pensam e viver assim é uma benção
ou só o viver em si é mesmo mano
a melhor sensação
não dura p’ra sempre
tá na mesa a chance
tá no balcão, tá no céu
tá ao meu alcance
meio dark p’a um dia cinza
se fosse um som de amor
ias me odiar ouvir
na viagem do flow
atrás do vento se for parar vou indo
a puxar o bonde, vamos longe
a fumar o bom, haja caminho
o que é que eu fiz?
onde é que eu ia?
onde é que eu fico?
só não paro aqui
talvez volte um dia
quando te lembrares de mim
já é uma conquista
não sou o mesmo nem sou amável
nem serei provavelmente
futuro é incerto, eu sou instável
em frente ao passado nem me reconheço
[refrão]
tu que tás de fora não vês
nunca escrevi nada mais triste
não sei se eu vou a tempo
mas continuo a ir
tu que tás de fora não vês
nunca rimei nada do que quis
vai atrás do vento
e o vento traz-te a mim

tu que tás de fora não vês
nunca escrevi nada mais triste
não sei se eu vou a tempo
mas continuo a ir
tu que tás de fora não vês
nunca rimei nada do que quis
vai atrás do vento
e o vento traz-te a mim

[verso 2: eliot]
deve ser uma linguagem que não entendes
mas o mundo não pára para que penses
tudo tá ligado em movimento
por mais que queira não quebro a corrente
tu não mereces e eu penso em ti
teu lado mau só quer ser visto
o ego pede para mostrar que tás vivo
quem não tem medo de ser esquecido
outra vez tu tentas
só para ver se aguentas
tu sentes a crença
és vidente de vendas
sou intenso, não intencionava
sem incenso mano acende a braba
com algum senso eu me censurava
digo o que penso
eu não senti nada
[refrão]
tu que tás de fora não vês
nunca escrevi nada mais triste
não sei se eu vou a tempo
mas continuo a ir
tu que tás de fora não vês
nunca rimei nada do que quis
vai atrás do vento
e o vento traz-te a mim

- eliot atmos

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