letra de sopa de agrião - el appleton
eu escrevo sedento
cronista à luz da vela
no meu isolamento
a caneta mancha a tela
oferecida por deus
carrego uma auréola
de santo por pôr tanto
nesta escrita singela
onde planto visões
que nutrem a romaria
como aquelas aparições
da virgem na cova d’iria
junto gentios e estranhos
que ouvem com candor
quem nunca quis ser pastor
ou guardador de rebanhos
eu não meto-física nesta lição
voltemos à tabacaria
sou esteves
não sou santo estêvão
como a terapia
sopa de letras de agrião
nunca quis ter a pia
nem taça da competição
inverso de d.joão i
abdico o trono
segundo, quero decote
das ninfas do canto ix
terceiro, fujo a trote
montando um rocinante
qual dom quixote galopando
em direção ao horizonte
no horizonte
fujo de flows podres tou a monte
raro e pesado boy como um rinoceronte
flows darks batem, shaka zulu
solitario em breve vou fechar casulo
n dás o pulo, meu boy tu só dás pra fulo
gravata vermelha, qualquer rima que ele trás, degulo
sou enguia na boa boy se ele quiser choque
e ele mentir é elementar, fico sherlock
sou infante, importante navegante tuga
tu és parasita que o rap evita, sanguessuga
flow doce, mas que estraga, boy eu tou carie
rimas q te metem de costas, osotogari
eu nunca tentei fazer disto vida
mas logo na primeira investida, eu fiz-te ferida
fácil tipo voltar a andar de bike, no mic meu rap tá queen
trabalho árduo, mas que cura. betadine
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