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letra de ​silêncio, prata - e.se (prt)

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[verso 1: e.se]
quantas horas vi em casa perdidas
escondi mágoas sofridas
volte face da mentira
é que culpo e sinto muito essas fases depressivas
torno vasos ocarinas, sopro o mal que fustiga
esse vento, agarro e volvo em tom de cantiga
dou-te a côr dou-te a tinta, amargo eu trago esta cinza
se escondo é lisonjo, se não vês não contagia
só te encontro se domina o controlo sob a mira
mas cruzas-me e estranhas não páro
não vês qualquer dúvida ao ver o meu passo
pareço convicto até programado
padeço gambito num âmbito errado
sacrifico o meu desfecho
matemático nesse enfeite
priorizo o teu deleite
trágico o jeito só para ser aceite
dou-te pouco troco, viro o jogo todo, parto deste broto
fica só o coto, deixo nesse lodo
vivo de outro modo, finto criss-cross, desaponto cronos
mato tempo em beats por desporto
estou tipo touro enraivecido
ouço o gongo está batido
sou o q com deniro
trago as sk!lls plus stilo
pega nos teus e não pára
se não percebes entende gangsta gibbs joga em casa
alfredo foi só a ameaça, levar o que meu
não são grammys procuro outra taça
estatutos e outros parentes, tirar as patentes rodar os assentos
há quem mais faça sem olhos atentos
vais forçar teus os tentos por mais quanto tempo?
[refrão]
o meu silêncio
é prata que cobre o teu cinzento
o teu talento é réplica fraca eu estive atento
não peças mais tempo
se é só para fazeres mais do mesmo, mais do mesmo, mais do mesmo

[verso 2: auge]
falo como escrevo
escrevo como falo
até o silêncio muda quando entro no diálogo
tu queres abrir o livro eu só folheio o catálogo
estou distante no meu canto, quando falo digo algo
palavras são diferentes nestes lábios, o tempero desta boca é incomum
sílabas são lidas bem suaves, dou-lhes contornos graves
sem par, não sou mais um
preferi a minoria, proferi o que sentia
e rejeitei a maioria sem amargo (sempre)
descobri que na grafia, mesmo sem discografia
o ofício preenche mais do que o cargo (sempre)
boca não dá barra, afinar essa guitarra, sou carlos dentro de 4 paredes
“movimentos são perpétuos”, “novos caminhos” abertos
é poesia na ponta dos meus dedos

[refrão]
o meu silêncio
é prata que cobre o teu cinzento
o teu talento é réplica fraca eu estive atento
não peças mais tempo
se é só para fazeres mais do mesmo, mais do mesmo, mais do mesmo

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