letra de sabido - drifa
i [damani van dunem]
queríamos a liberdade e o que fizemos com ela
foi sangue que derramámos e nem respeito por ela
eu e os meus brothers na boa, zuera
comprando a liberdade com espectáculos, coach-lla
e que me dizem dos holofotes que tínhamos em casa?
que hoje fundidos (nah)não iluminam mais nada
não inspiram mais nada neste ciclo da treta
mudei-me pra esquerda por achá-la mais séria
e, mesmo à esquerda há sempre muito que se lhe diga
porque a massa é o denominador da estatística da vida
é promíscua a nossa vida quando despimos a capa dos santos, os pecadores ganham terreno na corrida
é sabido que há uma cabala pra adormecer o povo
é preciso a colectividade pra nos acordar a todos
e embora eu veja a luz ao fundo do túnel
é mesmo isso que representa e matam mais um van-dúnem
(é preciso a colectividade pra nos acordar a todos
e embora eu veja a luz ao fundo do túnel
é mesmo isso que representa e matam mais um van-dúnem)
ii [damani van dunem]
mas não morreu, este está aqui
nem mártir quando partir
peço aos cotas que me dêm forças para agir
liderança fraca e o que dizer dos outros?
da classe trabalhadora, o que dizer do povo?
se o que faz é coxixar pelos cantos e fazer partilhas infundadas muitas vezes do pensar dos outros
e os artistas que tomam o lado do opressor
a fome é um problema que se resolve no bolso
e é assim que eles nos compram a todos ou pelo menos a parte que pode e deve mudar o jogo
e é assim que eles nos compram a todos, nos meses que antecedem as eleições
mas se não fores votar não és bom cidadão
mas se morreres num hospital quantos se lembrarão?
é mesmo isso que representas, muda o teu statu quo ou serás sempre carne pra canhão
(quem me dera se eu não soubesse tanto
preocupado só com meu rancho caladinho no meu bendito canto)
iii [drifa]
estás preocupado em saber se as ancas e os cabelos da liloca são originais?
devias usar a internet para saber mais
usa a net pra investigar porquê teu salário mínimo é ínfimo!
ridículo! do que recebes dás o dízimo
não fumo skunk não estou drunk não quero saber do trump
vou invadir a casa branca de calças jeans e reebok pump
puxar a orelha do presidente como fazia a avô cecília
a dizer que sei que ele procura brinquedos de petróleo na síria
sabes da urna que vai receber o teu voto?
ela nunca vai conhecer o bom porto
sabemos que aqueles tipos nunca vão ganhar
vão lançá-las ao mar e ninguém na terra firme vai reclamar
sabemos mas ninguém fala
também há coisas que não sabemos porque alguém se cala
mantemos no poder porque ninguém se rala
é o paradoxo desta nossa era da informação mahala
(quem me dera se eu não soubesse tanto
preocupado só com meu rancho caladinho no meu bendito canto)
iv [drifa]
sabemos que todos compram terras
disfarces de trespasses em vendas de papaeiras
num país que é proibido vendê-las
quem é que compra mais terras? e quem criou essas regras?
se já conhecemos por quê ainda chamamos a dívida de oculta?
para tua informação não votei em dhlaka nem guebuza
conheço minha responsabilidade de um artista que educa
mas todos sabemos que a cne é uma sh-t fajuta
sabes que o ingc tem stress de credibilidade
no idai não te vi a marchar nas streets da cidade
me entristece saber que sabes mas nada fazes
sabes quem deixa teu bolso roto e eu sei teu próximo voto
irmãos decapitados em cabo delgado
tu estás calado eu estou calado, todo mundo calado
ah! quem me dera se eu não soubesse tanto
preocupado só com meu rancho caladinho no meu bendito canto
[refrão]
é sabido o que eles fazem pra comandar
mas a roda precisa de nós pra girar
é tempo de acordar
eeeeeeeieeeeiiii
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