letra de origens - dossantosoficial
dos santos:
pé descalço em uma rua sem saída
uma vida sem saída, uma família perdida
uma infância sentida, não quero ser igual eles
quero ser diferente, era tudo que eu dizia
“vai ser igual o pai dele”, era o que eu ouvia
ninguém entendia porque que eu ainda sorria
quero dar pros meus o melhor da vida
ganhar dinheiro de uma fonte limpa, pra não ter que esconder na suíça
a palavra voa mais alto que o prédio
então cuide bem o que tu vai profetizar
pois o lixo originado na selva de concreto
o vento faz questão de que chegue no mar
você escreve sua historia de sol a sol
e ela é inútil quando escrita em cima de um lençol
o rap foi o anzol, me pegou pelo coração
e fez aquele peixe pequeno na rima virar um tubarão
minha guerra é inbox
se tu não correr só vai cantar de frente pro box
ir no bar jogar sinuca e tá lá meu som no jukebox
vê os moleque ouvindo “quanto vale nosso sonho?” em um boombox
o hip hop vive, cultura livre
mais zica que michael scofield fugindo da cela
são nossas origens
sou fã de quem batia tambor bem antes dessa bateção de panela
felipe proletário:
aí raul me conta historias já que cê tem dez mil anos
cazuza, também sou exagerado quando amo
um salve legião, quem inventou o amor?
“rap é compromisso”, sabotage já cantou
hey loco, acorde e veja a vida como anda ao seu redor
se não tá bom pra todo mundo, jamais vai ficar melhor
pensar em se só já não adianta mais, lembre da canção
somos todos irmãos, braços dados ou não
original “vila cérnico”, futebol, bicho de pé, sopão santa isabel
quebrada reunida sob a luz do céu
ir pro taberna de magrela comer frita, pegar mina
não existia pedra tempo bom esse da antiga
de er, de naura, de olmiro e de maria, descendente proletário, filho da periferia!
meu norte é o hip hop, onde nasce os fortes
preto, branco, pardo, índio, amarelo ou negroide
amigo dos santos, blessed by god
contra noiz cês não pode
rapper consciente, oriundo do gueto
musica, questão de respeito
aqui canoas, brasil, rio grande do sul
comandando as quadradas, dj abú!
dj abú
scratchers e colagens
muka qr:
meus manos já fui insano drogas em primeiro plano
andando pelas ruas desde meus 12 anos
falsários e malandros, canoas vários manos
canoas vários cantos, várias coroa em prantos
sonhos que não chegam, vidas que não vivem
historias são escritas por quem sobrevive
filho de motorista, a coroa diarista
depois da separação, dificuldade a vista
já me escapei por um triz, já mudei meus caminhos
maiores decisões fiz quando eu tava sozinho
fui inocente as vezes não vi malicia nas fitas
também fui culpado de uns tropeços na minha vida
mas não posso reclamar, tive oportunidades
porém cresci na arena com covardes e coragem
os panos e o dinheiro fácil também seduziu
o mano que p-ssou fome, mas com fome resistiu
hoje eu tenho a minha filha, minha coroa, meus irmãos
meu pai, alguns amigos, minha luta não é em vão
também quis fazer sucesso, vários planos quando novo
hoje eu escrevo versos, realidade componho
me inspirei com rimas ditas como apologia
mudando a minha visão, transformando a minha vida
eu aprendi com o rap que meu poder vem de dentro
que a fé move montanhas e tudo tem seu momento
negroide mc:
estudando, se informando, ao mesmo tempo p-ssando
aprendizado raro em forma de canto lirico
poeta erudito no compromisso progressivo, prossigo
em cima do instrumento batido
provocando ruídos harmônicos que cultivo
fazendo uma letra, um improviso
pra quem contempla meu serviço, fortifico
lendo bons livros, sendo clássico escondido
hipiopiano cúmplice, desenvolvido
sigo, fazendo parte disso
pois estou ha tempos nisso, acredito
desenvolvendo os pensamentos
em cima do instrumento, vai vendo
sendo o que eu penso, escrevo
tento estar parelho com o tempo, penso
em ser mais um no acervo desse templo
complementar de talento nature
pensamento dito pro negroide mc
alien sapiens science, levanta os cálices
comemore a evolução de cl-sse
pra quem se acha que vale
aprimora a metamórfica -n-lise, se encaixe
realce com estilo e personalidade (hip hop não pare)
magnum qr:
em busca de ser feliz, fui atras eu mesmo fiz
meu caminho, nova trilha pra deixar minha raiz
e -ssim como meu velho também quero ser matriz
pra poder provar pros manos, nem tudo é escrito a giz
tesouro família, razão de viver
pegadas no barro, respeito e procede
ensinamentos de um velho criado lá na serra
todo solo é sagrado quando a gente sempre entrega
corpo, alma e coração, pólvora em cada papo
o valor nunca se mede pela cor ou pelos trapos
cabelos de prata quem teve anos dourados
ouvidos atentos, lábios calados
só quem pôs o pé no barro, possou necessidade
sabe dar valor em meio as dificuldades
nas ruas aprendi quanto vale nosso sonho
quantas vez for necessário eu me erguerei de novo
pele branca, alma negra, não aceita desaforo
zona sul minha quebrada, nascido ao pé do morro
cada p-sso no espinho, deixa sempre uma lembrança
a casca é de guerreiro, coração é de criança
quando tudo tava ruim, recomecei do zero
cada base, cada rap, me afastou dos ferro
eis aqui minha origem, s-m-nte ou raiz
a gente só é mestre quando vira aprendiz
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